Quando a compra do Grupo Ipiranga foi sacramentada, em março de 2007, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, o líder das cinco famílias controladoras da operação afirmou que a oferta de US$ 4 bilhões do consórcio formado por Petrobras, Grupo Ultra e Braskem, era irrecusável. O acordo marcou a saída do empresário, um dos responsáveis por alçar a empresa a uma posição de destaque no mercado de distribuição de combustíveis. Nove anos depois, no entanto, o atual presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), ensaia sua volta ao setor. Na quarta-feira, 3, ele confirmou em seminário realizado no Rio de Janeiro que sua família formalizou o interesse em adquirir uma participação na BR Distribuidora, rede de postos da Petrobras. Segundo Gouvêa, um eventual acordo teria o apoio de investidores locais.“A Petrobras é uma companhia brasileira e nós somos brasileiros. Somos capazes de atrair capital”, afirmou o empresário que, ao que tudo indica, está de combustível renovado para aquecer a disputa no segmento.