A criatividade para a reutilização de matérias-primas parece não ter limite. A empresa de logística ferroviária VLI, que nasceu como uma subsidiária da Vale e hoje trilha, independente, seu próprio caminho, está testando a utilização de dormentes de plástico reciclável em trechos de suas linhas em Uberaba e Lavras, no interior de Minas Gerais. A proposta é reduzir a instalação de madeira ou concreto nas ferrovias, tornando o transporte sobre trilhos em uma modalidade mais sustentável.

Se tudo correr conforme o planejado, a VLI poderá introduzir o plástico reciclável em 100% de seus oito mil quilômetros de linhas férreas, nos próximos dez anos. “Sob qualquer ponto de vista, o plástico é uma alternativa mais interessante do que qualquer outro material”, afirma Rodrigo Ruggiero, diretor de planejamento e operações de ferrovias da VLI. 

Os números endossam a afirmação do executivo. Cada dormente de madeira, que tem duração de cinco anos, em média, custa cerca de R$ 100, podendo chegar a R$ 300 no caso dos feitos de concreto, com vida útil de 15 anos. Os dormentes de plástico, produzidos a partir de embalagens, garrafas PET e uma composição de dezenas de polímeros recicláveis, custa aproximadamente R$ 200, e sua vida útil chega a 30 anos.

Entre as vantagens do plástico, além do valor e da durabilidade, estão a significativa redução dos custos de manutenção, o fácil manuseio, a redução na geração de resíduos e a excelente resistência do material em condições climáticas extremas. “Nos últimos dez meses, testamos o comportamento do plástico em trechos de críticos, como em curvas”, diz Ruggiero. “E nos impressionamos com a ótima performance do produto.”


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