08/02/2012 - 21:00
Férias com câmbio estável são um enorme estímulo para viajar ao Exterior. O que levar na carteira? Qualquer que seja sua escolha, é preciso ter um pouco de dinheiro em espécie para pequenas despesas, como táxi e gorjetas. Para quem teme os amigos do alheio, o uso de moeda deve parar por aí. Milad Mirkhan, professor de economia e finanças da Faap, diz que quem vai para a Europa e para os Estados Unidos deve levar, no máximo, US$ 300 em dinheiro. “A não ser que o turista vá para uma região inóspita, os cartões são aceitos em todos os lugares”, diz Mirkhan.
O cartão de crédito é o mais aceito. A desvantagem é a surpresa na hora da fatura, pois o pagamento será feito pelo câmbio do dia. Se o dólar subir, as compras custarão mais caro. Outro senão é que as compras no cartão pagam 6,38% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).Nos últimos tempos, o cartão de crédito vem sofrendo a concorrência dos cartões pré-pagos, que podem ser carregados previamente com o dinheiro da viagem. “É usado pelos pais que querem controlar os gastos dos filhos, pelas empresas para os executivos e serve também para os gastadores que precisam se controlar”, diz Rodrigo Macedo, vice-presidente do grupo Fitta.
O problema é a taxa de câmbio: o cliente compra dólar caro e, se sobrar dinheiro, ele revenderá dólar mais barato. “As casas de câmbio que oferecem o pré-pago costumam cobrar até 6% mais que o dólar do cartão de crédito”, diz Mirkhan. Quem pretende gastar muito pode usar o cartão de débito convencional. O valor do câmbio para conversão é mais próximo ao do dólar comercial, e o cliente tem a comodidade de usar seu cartão como se estivesse no Brasil. O inconveniente, nesse caso, é que os bancos podem cobrar tarifa de até R$ 9 por saque.
E fique de olho: o banco que opera o caixa automático também pode cobrar tarifas. O IOF é de 2,38%, e não 6,38% como no caso do crédito. O cartão de débito compensa se você não sacar dinheiro do caixa eletrônico todos os dias. Já o velho cheque de viagem não é mais recomendado. Conta com seguro contra roubo, perda ou extravio e permite que o turista receba troco em espécie, como se o comerciante fosse um caixa eletrônico. A questão é que os estabelecimentos usam uma cotação para a moeda local bem acima da média cobrada pelos bancos e pelas casas de câmbio. Além disso, ele vem perdendo espaço no mercado.