23/09/2016 - 20:00
Por que construir um novo data center no País?
Ter um data center no Brasil dá uma sensação maior de segurança para os clientes. Quando comecei a falar de nuvem há dois, três anos, sempre perguntava aos CEOs onde estava o dinheiro deles. E todo mundo respondia no banco. Mas onde no banco? Ele está na nuvem. Por que você coloca seu ativo mais importante na nuvem e tem preocupação em colocar um aplicativo na nuvem? Aí começou a cair a barreira. Hoje operamos no limite do nosso data center. Por isso estamos ampliando a capacidade.
Como a crise econômica no País afeta o mercado de nuvem?
A adoção de nuvem no Brasil é tão rápida hoje justamente por causa da crise. Os empresários precisam reduzir custos e aumentar as vendas. E como aumentar as vendas está muito difícil, porque ninguém tem dinheiro, eles se viram para o corte de gastos. Não dá para comprar mais computador, contratar mais gente, é preciso contratar serviços. Quando um empresário coloca suas informações no data center da Oracle, quem tira backup, faz a manutenção e aplica correções somos nós.
Em qual patamar está a adoção de nuvem no Brasil?
É brutal. A minha vida inteira eu trabalhei com tecnologia e sabia que a nuvem viria para ficar. Essa não é uma tecnologia pela tecnologia, ela é mandatória. Passamos por uma disruptura digital. Uma empresa tem duas coisas para cuidar: ativos e clientes. O restante são processos internos. O desafio que as empresas vivem hoje é que há uma avalanche de novas tecnologias que as estão destruindo.
Quais são essas tecnologias?
Nanotecnologia, drones, mídias sociais, smartphones, impressoras 3D. Com uma impressora 3D, vamos fabricar tudo o que precisamos dentro de casa. E o que vai acontecer com as empresas de manufatura? O que vai acontecer com a China?
Nesse contexto, como as empresas vão sobreviver?
Há uma disruptura nos produtos. O Airbnb não tem quarto, o Facebook não produz conteúdo, o Uber não tem carros. Eles não gerenciam os ativos. Sobrou só uma coisa para que a gente tenha atenção: cliente. O que o Uber fez foi só melhorar a experiência de ir do ponto A ao ponto B para os mesmos clientes dos taxistas. Por isso, as empresas são forçadas a adotar soluções que vêm da nuvem. Elas são de fácil acesso, fácil consumo, já trazem coeficiente de mídia social, e dão agilidade, principalmente, para empresas que não nasceram digitais.
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