O impeachment traz uma expectativa positiva para os empresários?
Sim, porque o grande problema do governo atual é a falta de projeto. Falta perspectiva. O Michel Temer e o PMDB formataram um plano para governar, que é a síntese das reformas necessárias para o País. O projeto “uma ponte para o futuro” pode deixar um legado importante e ser capaz de destravar o Brasil. Precisamos de um estado moderno, com mais esforço e menos dinheiro. É preciso servir a sociedade e não se servir dela. Um governo com projeto pode fazer a retomada da economia ser mais rápida.

O País pode viver um segundo semestre diferente?
Com o Temer, a sinalização para o mundo é que o País voltou a ser um país normal, inspirado na democracia e no livre mercado. É uma sinalização importante para o consumidor voltar a comprar, os empresários voltarem a investir e os bancos voltarem a emprestar. Hoje, todos estão parados à espera de uma decisão política.

A Riachuelo está nesse ritmo?
Sim, temos de proteger o caixa da empresa. Não sabemos até quando teremos de prender a respiração e quanto tempo mais vai demorar essa agonia no País e na economia. Tiramos o pé dos investimentos. Em 2015, foi recorde. No ano anterior, abrimos 80 mil metros quadrados em novas lojas.

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“A maior crise é de expectativa. Quando há incerteza, o empresário não investe”
“Enquanto o processo de impeachment não passar no Congresso, vou continuar muito preocupado”
“Chegamos numa situação econômica, política e ética no País em que é preciso dar um basta”