10/10/2014 - 20:00
Você pagaria o equivalente a R$ 22 mil para fazer parte de uma rede social? Alguns endinheirados, cansados da popularização do Facebook, que contabiliza 1,32 bilhão de usuários atualmente, estão pagando. Em busca de mais exclusividade e um visual menos poluído na tela do computador ou tablet, o maestro americano aposentado James Touchi-Peters criou o Netropolitan, uma rede social voltada para quem está disposto a abrir a carteira para fazer parte de um grupo seleto. A ideia, segundo o empresário, é propor um ambiente virtual em que gente endinheirada compartilhe experiências semelhantes, especialmente as que revelem seu poder de compra e seus gostos refinados.
Para ingressar na rede, basta pagar uma taxa de inscrição de US$ 9 mil, além de uma anuidade de US$ 3 mil para manter a conta ativa. Peters conta que não fez nada mais do que transportar um modelo de negócio já existente na vida real para o mundo virtual. “Isso existe há décadas”, afirma o criador do Netropolitan. “Os clubes frequentados pela alta sociedade sempre cobraram taxa de inscrição.” Questionado se existe uma preocupação da rede em ser encarada como uma futilidade de gente esnobe pelo público em geral, ele afirmou que não se interessa pelo que os não associados pensam.
“Também não importa quanto dinheiro você tenha, pois, se você paga as taxas e se comporta, você é bem-vindo”, afirma ele. “A taxa é apenas uma maneira de mostrar a seriedade da nossa rede social.” Para evitar perturbações na experiência virtual, moderadores fiscalizam a todo momento o comportamento dos usuários. Algumas regras devem ser seguidas, como a obrigação de que os posts sejam escritos apenas em inglês e não enviar mensagens referentes a vagas de emprego. Tampouco é permitido criar páginas de empresas ou marca e não há nenhum tipo de propaganda.
Além disso, os usuários têm a garantia de que suas informações de contato não serão vendidas para publicidade ou indexadas em mecanismos de busca, como o Google. Lançado na segunda quinzena de setembro, o Netropolitan vai bem, conquistando os usuários lentamente, segundo Peters, que não revela números. “Percebi que havia uma demanda quando me toquei que nem todo mundo vive a vida da maneira que eu vivo e outras deveriam se sentir assim também”, afirma o empresário. “As pessoas não gostam de ouvir isso, mas é solitário estar no topo.”