O único consenso de 2016 é o desejo universal para que ele acabe o quanto antes. O ano foi um dos mais tensos, incertos e imprevisíveis de que se tem memória, tanto na política quanto na economia. Mesmo assim, ele está se encerrando melhor do que começou. Em janeiro, tudo indicava a catástrofe. Profissionais do mercado previam um dólar chegando a R$ 6,00 e inflação a 10%. Em dezembro, os índices de preços fecharam dentro da meta e o dólar não promete grandes sustos.

E agora? Ao longo de dezembro, DINHEIRO conversou com alguns dos profissionais mais tarimbados do mercado financeiro. Duas dezenas de economistas e analistas foram ouvidos para saber o que esperar. Economistas frequentemente discordam entre si, mas foi possível pinçar algumas unanimidades. A principal delas é que, embora o caminho à frente seja difícil, há sinais positivos no horizonte. O mais relevante deles é o desejo do governo de arrumar a casa. Como escreveu o economista Francisco Lopes: “a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos gastos públicos garante os fundamentos fiscais da economia pelos próximos dez, ou talvez vinte anos, e a sustentabilidade fiscal é pré-requisito não só para o crescimento econômico, mas também para políticas sociais eficazes e duradouras.”

Além disso, Brasília conseguiu melhorar sua comunicação com o mercado e com a sociedade. “A administração do Banco Central (BC) fez um excelente trabalho na recuperação da confiança do mercado na política monetária”, diz o economista Edmar Bacha (leia entrevista aqui) “A equipe conseguiu balizar as expectativas do mercado para a convergência da inflação em relação à meta, talvez em 2017, ou com certeza em 2018.” Nesse cenário, a melhor maneira de se pensar em 2017 é como um recomeço. Um ano em que será preciso ter o olhar de uma criança para encarar desafios e fazer acontecer. O pior da crise já passou, mas a situação do País está longe de estar controlada. Nesse cenário, tomar decisões de investimento será difícil.

Será preciso reaprender a caminhar, correr em busca dos maiores prêmios, saltar os obstáculos e manter o equilíbrio. Cair, mas levantar logo em seguida e continuar correndo, escolhendo as melhores alternativas para fazer seu dinheiro render. Como fazer isso? O primeiro passo é devorar o conteúdo das páginas a seguir. Além das opiniões e sugestões dos especialistas, mostramos o desempenho dos melhores fundos de investimento nos últimos 12 meses, avaliados conforme a relação risco-retorno, em parceria com a empresa de informações financeiras Economatica. Agora é com você. Bons investimentos!

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