BC

 

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, garantiu em março de 2012 que a inflação daquele ano iria convergir para o centro da meta (4,5%). Deu 5,84%. Para 2013, sua previsão foi menos utópica: o IPCA seria menor que o do ano anterior. Será? O índice oficial de inflação vinha caindo, mas nas últimas semanas do ano voltou a subir, com alta no preço dos alimentos. O IPCA-15, que fecha no meio de cada mês, acumula alta de 5,78% em um ano. As apostas do mercado são de que em 2014 o índice será ainda maior, bem perto dos 6%. E ainda muito longe do centro da meta.

 

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Varejo


Estoque nacional

 

O Natal mais fraco já prenuncia como será 2014 para o comércio, que espera um crescimento entre 4,5% e 5%, menor do que nos anos anteriores, quando chegou a 8,4% em 2012. “O crescimento chinês agora vai se transformar em velocidade de cruzeiro”, diz Carlos Thadeu de Freitas, da CNC. Já a indústria deve crescer 2%, o melhor resultado dos últimos anos, ajudada pelo câmbio mais favorável aos fabricantes nacionais.

 

 



Espionagem


Morte por inanição

 

O governo brasileiro conta com o feriado de fim de ano para esquecer o pedido de asilo do ex-analista da Agência Nacional de Segurança dos EUA, Edward Snowden. No Congresso, ninguém se arrisca a defender a ajuda a Snowden abertamente. No Executivo, a ordem é deixar o assunto “morrer de inanição”.

 

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Bancos públicos


A fatia cresce

 

Mesmo com a ordem da presidenta Dilma Rousseff para desacelerar, os bancos públicos vão continuar ampliando sua participação de mercado neste e no próximo ano. O BB espera fechar 2013 com alta de 22%, num mercado que deve crescer 14%. Na Caixa, a expectativa é de uma expansão superior a 30%.

 

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Algodão


Retaliação parada

 

Sem receber a indenização dos americanos desde outubro, os produtores de algodão aguardam a próxima reunião da Camex, no início de fevereiro, para pressionar o governo a adotar a retaliação a que o País tem direito, para compensar o subsídio aos produtores americanos. Sem isso, os EUA não irão se mexer. O problema é que a disposição do governo Dilma para pressionar Obama e sua turma também é pequena.

 

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Comércio exterior


Mercado fechado

 

O ministro do Desenvol­vimento, Fernando Pimentel, provável candidato petista ao governo de Minas Gerais, vai encerrar sua gestão com o pior desempenho da balança comercial em 13 anos. O saldo positivo de US$ 1 bilhão, registrado até a terceira semana de dezembro, só foi obtido graças à exportação contábil de plataformas da Petrobras. Em 2014, a balança melhora, mas os exportadores estão preocupados, na verdade, com as negociações, em ritmo acelerado de um acordo de livre-comércio entre Estados Unidos e União Europeia. Na prática, a aliança entre os dois gigantes pode fechar o mercado europeu ao Brasil.

 

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Notas

 

A postura do governo brasileiro em relação à regulação da internet é contraditória. Enquanto a presidenta Dilma Rousseff pressiona a comunidade internacional por um tratado para regular o assunto, o Brasil até hoje não ratificou uma convenção da ONU que rege os contratos do comércio eletrônico.

 

Na falta de um discurso para a economia, os tucanos querem se ocupar da política externa. Na volta do recesso, vão tentar a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. O paulista Mendes Thame é um dos nomes cotados. Pressionado pela militância, o PT vai tentar retomar a Comissão de Direitos Humanos.