02/05/2012 - 21:00
Spread
Governo e bancos privados estão longe de chegar a um acordo sobre os caminhos para reduzir o spread (diferença do custo de captação de recursos e do custo do empréstimo ao cliente). Os dois lados já batem cabeça em questões como o cadastro positivo, a lista de bons pagadores do mercado. Enquanto o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirma que o cadastro já está em vigor, um parecer da Febraban diz que falta ao Executivo e ao Conselho Monetário Nacional regulamentar a lei aprovada no ano passado. O cadastro positivo reduz o risco para os bancos, pois ajuda a premiar os consumidores que pagam as contas em dia, com taxas mais convidativas que as oferecidas aos inadimplentes.
ICMS
Receita virtual
Um projeto em tramitação no Senado propõe dividir entre o governo do Estado que originou a venda e daquele em que foi feita a compra do produto o ICMS arrecadado, na proporção de 60% para o “comprador” e 40% para o “vendedor”. Atualmente, o Estado “vendedor” fica com 100% do valor do ICMS. No ano passado, o comércio eletrônico movimentou R$ 18,7 bilhões.
Sindicatos
Pode falar à vontade
As centrais sindicais têm ignorado a campanha do presidente da CUT, Artur Henrique, pelo fim do imposto sindical, o desconto anual de um dia de trabalho para bancar os sindicatos. Raciocinam que, como seu mandato termina em julho, o assunto perderá força. Em agosto de 2008, todas as centrais firmaram um acordo em que se comprometem a encontrar uma alternativa ao imposto. Pelo visto, não se lembram mais disso.
Crescimento
Tombini e os varejistas
CEOs de 40 empresas do varejo, como Riachuelo, Walmart e Pão de Açúcar, ficaram surpresos quando o presidente do BC, Alexandre Tombini, aceitou convite do Instituto do Desenvolvimento do Varejo para falar de juros na véspera da reunião do Copom deste mês. É rara a presença dele em encontros fechados com o empresariado, mas desta vez fez questão de pedir que eles ajudem a realizar a previsão de crescimento do governo, de 4,5%.
Agronegócio
Eike, o cliente
A Secretaria de Negócios da Embrapa, criada para aumentar a receita da estatal, funciona há menos de um mês, mas já conquistou um cliente de peso. A primeira empresa a procurar a estatal foi o Grupo EBX, do empresário Eike Batista. O bilionário encomendou à Embrapa soluções de replantio e desenvolvimento de técnicas agrícolas para compensar os impactos ambientais advindos da instalação do complexo industrial do Porto de Açu, no norte fluminense.
Notas
O governo federal está preparando um programa para dar conta da falta de engenheiros no mercado de trabalho. Por enquanto batizado de Pró-Engenharia, o programa vai reunir, num só pacote, várias iniciativas que já existem, como o Forma-Engenharia, do CNPq, que doa bolsas patrocinadas por Petrobras e Vale, e outras que ainda estão sendo elaboradas, como um banco de dados de engenheiros.
Uma missão de empresários e executivos poloneses desembarca no Brasil em outubro, de olho nos novos consumidores do mercado brasileiro. A Polônia conseguiu escapar da recessão que atingiu a maioria dos países do bloco europeu, mas avalia que agora precisa ir além dos países vizinhos. Brasil e China são os novos alvos.
Colaboraram: Cristiano Zaia e Guilherme Queiroz