A Santos Brasil anunciou na terça-feira (6) que fechou um novo acordo comercial com a empresa de logística Maersk para a operação portuária no Terminal de Contêineres (Tecon) do Porto de Santos. O acerto inclui suas subsidiárias e afiliadas, como Hamburg Süd, Maersk Line, Aliança, Safmarine e Sealand, entre outras. O novo contrato corrige os preços e vale entre 1º de abril deste ano e 31 de março de 2023. A Santos Brasil também divulgou as projeções operacionais e financeiras consolidadas (guidance) para 2021. A empresa informou esperar um aumento de 11% a 20% do volume de movimentação de cais ante 2020, podendo chegar a 1,3 milhão de contêineres. Prevê ainda aumento de 89% a 112% na geração de caixa (Ebitda) em relação a 2020, expectativa de movimentar de R$ 400 milhões a R$ 450 milhões no ano. O investimento pode chegar a R$ 300 milhões em 2021, 34% acima do ano anterior. A renovação do contrato com a Maersk, que responde por 70% do volume no Tecon Santos, repercutiu positivamente e fez as ações subirem 5%, pois o reajuste veio acima do esperado pelo mercado.

VAREJO
Panvel no Novo Mercado

A Panvel vai aderir ao Novo Mercado, o segmento de negociação da B3que reúne ações de empresas com a mais alta governança corporativa. Esta não foi a primeira tentativa de migração da companhia. Meses após sua oferta em 2020, a rede de farmácias havia proposto a conversão de suas ações, porém em termos bem menos atrativos para os preferencialistas, numa razão de 0,8 ON para cada 1 PN. A proposta foi barrada pela CVM após reclamação de minoritários sobre a diluição de capital. A nova proposta traz uma razão de uma ação ON para cada ação PN, com exceção da Kinea, que faz parte de um acordo de acionistas com as famílias controladoras Mottin, Weber e Pizzato. Nesse caso a razão será de 0,8 ON para cada 1 PN, acertada antes.

QUEM VEM LÁ
Dasa capta R$ 3,3 bilhões em oferta com desconto

A Diagnósticos da América (Dasa) captou R$ 3,3 bilhões em uma oferta de ações subsequente precificada a R$ 58. A cotação ficou abaixo da faixa indicativa estimada entre R$ 64,90 e R$ 84,50 por ação. Além disso, representou um desconto de 59,73% em relação ao fechamento do papel na véspera. A operação foi considera um “re-IPO”, dada a baixa liquidez das ações no pregão. A família Bueno, controladora da empresa, não ficou satisfeita com a avaliação obtida no retorno aos pregões, após anos de fechamento virtual de capital, e injetou cerca de R$ 500 milhões na oferta para não reduzir sua diluição. Recentemente o laboratório diversificou sua atuação adquirindo dois grandes hospitais, o LeForte em São Paulo e o São Domingos no Amazonas, diversificando sua atuação. Há no mercado, no entanto, uma desconfiança sobre a recuperação de margens da companhia, após uma série de aquisições nos últimos anos.

DESTAQUE NO PREGÃO
Caixa Seguridade tenta IPO modesto

Pedro França

A oferta inicial de ações (IPO, na sigla inglês) da Caixa Seguridade, braço de seguros e previdência da Caixa Econômica Federal, pode movimentar até R$ 5,7 bilhões. O preço do IPO ficou entre R$ 9,33 e R$ 12,67. Serão oferecidas 450 milhões de ações ordinárias. Dependendo da demanda, a oferta pode subir para 517 milhões. Nesta nova tentativa de abrir o capital da Caixa Seguridade, o banco reduziu a fatia a ser vendida e também o preço esperado. No primeiro pedido de IPO, registrado em 2020, a avaliação da empresa chegava a quase R$ 60 bilhões. Considerando-se os novos preços, a avaliação da Caixa Seguridade no meio da faixa indicativa do IPO é de R$ 33 bilhões. Na proposta anterior, seria oferecida ao mercado uma fatia de 25% do capital total, movimentando cerca de R$ 15 bilhões. Agora, considerando-se o lote suplementar, a Caixa pode vender até 17,25%.

CAPITAL
Estrangeiro saca R$ 4,6 bilhões da B3 em março

Pelo segundo mês consecutivo a B3 registrou resgates líquidos por parte dos investidores estrangeiros. No dia 31 de março, último dia do trimestre, eles retiraram R$ 1,267 bilhão no segmento secundário da B3, que considera as ações já listadas. Com isso, o saldo de março ficou negativo em R$ 4,612 bilhões, resultado de R$ 453,790 bilhões em compras e R$ 458,403 bilhões em vendas. No acumulado de 2021, porém, o saldo segue positivo, em R$ 12,159 bilhões. O mesmo ocorre com os investidores pessoa física brasileiros. No mês, o saldo ficou negativo em R$ 1,338 bilhão, mas ele permanece positivo no ano, com um superávit de R$ 14,909 bilhões.