05/06/2013 - 10:51
Em qualquer espetáculo esportivo, anúncios de empresas e marcas permeiam o ambiente. Alguns de forma discreta e outros nem tanto. Mas basta sair do segmento dos grandes eventos para percebermos que o esporte brasileiro, a exceção talvez do futebol, carece de patrocinadores. Essa história, no entanto, começa a mudar. A proximidade de megaeventos como os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México, em outubro, e a Olimpíada de Londres, em 2012, vem ajudando a atrair um número cada vez maior de corporações para o setor.
Além de apostar nos medalhões, muitas voltam os olhos também para as chamadas categorias de base. É isso que está fazendo a BRF Brasil Foods. Por meio do projeto Lançar-se para o Futuro, tocado em parceria com a Confederação Brasileira de Atletismo, o Ministério dos Esportes e a Prefeitura do Rio de Janeiro, a empresa pretende levar a prática esportiva para cinco mil crianças e adolescentes cariocas. O objetivo é chegar a 2016 com 50 atletas em condições de brigar por medalhas. Para isso, ela pretende investir cerca de R$ 7 milhões, no período 2010-2016. O destaque dessa turma é a velocista Bárbara Leôncio, de 18 anos, que traz no currículo o recorde dos 200 metros na categoria entre 15 e 17 anos.
Esporte olímpico: investimentos também ajudam esportistas de renome, como Fabiana Muerer
A BRF Brasil Foods não está sozinha nessa arena. O grupo Pão de Açúcar é outro que traz no DNA o incentivo ao esporte. “No longo prazo, a marca se valoriza aos olhos do consumidor”, diz Renata Gomide, gerente de marketing esportivo do Grupo Pão de Açúcar. “Focamos em um trabalho de muito longo prazo, com atletas com potencial para quaisquer ciclos olímpicos”, afirma. A dobradinha da rede varejista com a BM&FBovespa beneficia, hoje, 23 atletas iniciantes e veteranos.
A relação inclui nomes como Fabiana Murer, campeã mundial de salto com vara no ano passado, em Doha, no Qatar. Para melhorar ainda mais o desempenho dessa turma, a gerente do Pão de Açúcar conta que a rede vai construir um centro de avaliação física para atletas de alto rendimento. A proximidade dos eventos também mexe com empresas estatais. A Caixa Econômica Federal está ampliando sua verba em 15,5% em relação a 2010 e deve fechar o ano com gastos de R$ 31,2 milhões.