27/10/2022 - 18:55
Como surgiu sua gestora e quais fundos vocês possuem?
No geral, somos uma gestora focada no setor de fundos imobiliários. Começamos nossa história em 2012, quando o grupo Jereissati entrou em uma sociedade conosco. Ao longo do tempo, nós fomos comprando a participação deles. Em 2020, foi quando compramos a parte restante deles e começamos a caminhar com as próprias pernas. Nossos fundos são voltados para investidores institucionais e temos um deles que é focado em pessoa física, que aporta na aquisição de CRI (recebíveis imobiliários), cotas de FII e investimento em desenvolvimento residencial principalmente através de permutas.
Existe algum setor de fundos imobiliários que pode superar a Selic de 13,75%?
O Copom decidiu na quarta-feira (26) manter a Selic a 13,75%. Desde que o Brasil entrou em um ciclo de alta de juros, os fundos imobiliários vêm sofrendo com pressão no mercado. E eu enxergo que ainda existe oportunidade nos fundos de tijolo, porque o valor de mercado de diversos deles está abaixo do valor patrimonial. Os fundos de shoppings centers, que foram prejudicados pela pandemia, devem se recuperar. Já entre os fundos de papéis, o interessante é ter fundos com lastro no CDI, visto que essa questão da Selic já fica atrelada ao próprio ativo.
Agora é um bom momento para investir em fundos imobiliários nos EUA?
O ajuste da economia da curva de juros nos Estados Unidos é uma incógnita. Então eu tomaria cuidado para entrar no momento certo. Um pouco mais óbvio é o que tudo leva a crer é que a taxa básica de juros de lá vai subir e ficar entre 4,25% e 4,50%. Outro ponto é que os Estados Unidos, como é uma economia muito alavancada, esse ajuste nos preços ativos é mais rápido. Então, se o investidor tiver um pouco de paciência e aguardar os próximos capítulos, ele pode pegar situações com preços de cotas mais descontadas (com descontos em relação à média do mercado).
Quais são os setores que você acredita que seria uma furada para o investidor?
Eu não entraria em fundos que têm exposição em regiões periféricas como um fundo que possui loteamentos no interior na Bahia. O melhor é ir para fundos totalmente focados nos grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília. Esses fundos mais periféricos tendem a sofrer mais que os de centros urbanos. Então, o melhor é sempre ficar atento à carteira de ativos de cada fundo.
NOTAS
Global X lança cinco novos ETFs de BDR
A Global X informou na terça-feira (25) que lançou cinco novos ETFs de BDR. São eles: Global X Genomics & Biotechnology ETF, Global X Blockchain ETF, Global X CleanTech ETF, Global X Internet of Things ETF e Global X Millennial Consumer ETF. O lançamento foi em parceria com o Banco B3. “O anúncio representa mais um grande passo no compromisso da Global X com os investidores brasileiros”, disse o diretor da Global X ETFs Brasil Bruno Stein. Os ETFs disponíveis são focados em tecnologia e agenda ESG.
SL Tools vai operar mercado de balcão
A fintech SL Tools informou na terça-feira (25) que vai operar mercado de balcão em grandes lotes para gestoras ainda neste ano. A companhia já possui autorização do Banco Central. Por outro lado, a empresa ainda aguarda uma liberação final da CVM para começar a operar. A previsão é que a concessão aconteça até o final de outubro. “O Brasil até então dependia de uma única infraestrutura de mercado (B3), o que dificulta o desenvolvimento do segmento”, afirmou o CEO da fintech André Duvivier.
Acqua Vero quer formar novos assessores
A Acqua Vero informou na sexta-feira (21) que abriu as inscrições para o seu curso de formação de assessores de investimentos, o AVIN Formação de Assessores. O programa traz 200 horas de conteúdo.Os interessados em participar do curso podem se inscrever até dezembro. O requisito formal é ter a certificação da Ancord. No processo de seleção, os candidatos passarão por dinâmica de grupo e entrevista. A empresa afirmou ainda que os aprovados receberão bolsa de R$ 3 mil nos primeiros meses.
Em alta
0,9
Ponto percentual foi a alta na estimativa realizada pelo Banco Central (BC) para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, segundo o mais recente relatório Focus divulgado na segunda-feira (24). De acordo com a autarquia, o PIB deve crescer 2,76% em 2022. A projeção de quatro semanas antes estimava uma alta de 2,67%. Enquanto isso, as expectativas para o dólar é de encerrar o ano a R$ 5,20, com uma inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) a 5,60%.
Em baixa
0,4
Ponto percentual foi a queda do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas (FGV-IBRE) divulgado na terça-feira (25). Em outubro, o indicador ficou em 88,6 pontos, ante os 89 pontos da última pesquisa. Entre os quesitos relacionados a expectativas, o que mais contribuiu para a queda no mês foi o que mede o otimismo das famílias com a evolução da situação financeira nos próximos seis meses, cujo indicador recuou 2,7 pontos, para 98,1 pontos.