24/01/2014 - 21:00
Dívida
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, já pode dormir sossegado. Apesar do jogo de cena do governo federal no fim do ano passado, informando que havia desistido da mudança no indexador que corrige a dívida dos Estados e municípios, o projeto continua em pé e deve ir a votação no plenário do Senado na volta do recesso, na primeira semana de fevereiro. Caso a troca do índice de correção ocorra, São Paulo será o município mais beneficiado, com uma economia estimada em R$ 24 bilhões. E, não por acaso, o Estado que terá a maior redução, proporcionalmente à dívida, é Alagoas, terra natal de Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado, o que garante que o projeto será mesmo colocado em votação.
Eleições
Podia ser pior
Apesar das críticas do mercado financeiro sobre a gestão das contas públicas, a presidenta Dilma Rousseff e o PT têm uma carta na manga para atrair o apoio do setor produtivo: a ampla base de apoio nos movimentos sociais e sindicais. Nos 11 anos de governo petista, a única manifestação preocupante foi em junho, com os protestos por todo o País. As greves, organizadas pelas centrais, seguem sob controle.
BB
Negociação obrigatória
O Banco do Brasil decidiu aumentar a flexibilização na negociação com os clientes para evitar processos desnecessários na Justiça. Nos processos em andamento, a ordem é evitar ações protelatórias. Antes, os advogados eram orientados a recorrer até o fim, mesmo quando a causa já era dada como perdida.
Anticorrupção
Ainda há esperança
Jorge Hage, ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, acredita que a regulamentação da lei anticorrupção será feita antes de sua entrada em vigor, no dia 29 de janeiro. A regulação, que depende de um decreto presidencial, definirá pontos importantes, como os termos dos acordos de leniência quando uma pessoa faz uma denúncia e o detalhamento das multas, que podem chegar a 20% do faturamento da empresa.
Desenvolvimento
Amigo do peito
Alvo da reclamação de empresários por sua atuação, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, está cada vez mais próximo da presidenta Dilma Rousseff. Mesmo sem compromisso específico, ele integrou a comitiva oficial na viagem a Davos e a Cuba. No avião presidencial, os dois têm tempo para conversar sobre a reforma ministerial e a campanha para a reeleição.
Emprego
Lição brasileira
Uma comitiva do governo japonês vem ao Brasil, nas próximas semanas, para entender como o País consegue, com crescimento baixo, continuar gerando empregos. Apesar de pretender aprender com o Brasil, o Japão registrou uma taxa de desemprego de apenas 4% em novembro de 2013, menor do que os 4,6% registrados pelo Brasil no mesmo mês.
Colaborou: Carolina OMS