Foi histórico para a companhia, o melhor ano de resultados de um modo geral. Em linhas gerais, é assim que o presidente da Dexco, Antônio Joaquim de Oliveira, descreve 2021. O ano do septuagenário foi também o de rebatismo da Dexco, vencedora na categoria Material de Construção do anuário AS MELHORES DA DINHEIRO 2022. Antes Duratex, o nome corporativo mudou ano passado para dar mais visibilidade a todas as marcas que a formam, e incluem Castelatto, Ceusa, Deca, Durafloor, Duratex, Hydra e Portinari. Uma mudança importante, que figura na lista de grandes acontecimentos da companhia. Com uma conjunção de fatores favoráveis, a Dexco cresceu 39% em faturamento em 2021, alcançando R$ 8,2 bilhões.

Na receita do sucesso, um plano de transformação iniciado em 2016 para dar mais agilidade à empresa. Nele, houve uma mudança de cultura com a troca de executivos, e de estratégia, para abrir a empresa para novos negócios. Na visão de Oliveira, essa transformação preparou a Dexco para o desafio da pandemia, permitindo o crescimento, junto de um cenário que se mostrou promissor. Representando cerca de 70% do faturamento da Dexco, as reformas cresceram em 2021, o que impulsionou os resultados. Também ajudou a ampliação do portfólio, com a compra da Castelatto, líder no segmento premium de pisos e revestimentos de concreto arquitetônico.

Antônio Joaquim de Oliveira. Empresa: Dexco. Cargo: Presidente. Destaques da gestão: Crescimento de 39% no faturamento, com o melhor ano na história da empresa. (Crédito:Divulgação)

O ano de 2021 também foi de fortes investimentos. Através de seu programa de Corporate Venture Capital, DX Ventures, R$ 45 milhões foram destinados para duas startups, a Urben, especializada na produção de madeira engenheirada a partir de matéria-prima de reflorestamento, e na Noah Wood Building Design, que desenvolve edificações utilizando a madeira engenheirada como matéria-prima. Já em 2022, a DX Ventures anunciou o investimento de R$ 74 milhões no Brasil ao Cubo, uma construtech especializada em soluções ágeis.

No ano passado, a Dexco teve a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para o investimento de R$ 102 milhões na ABC da Construção, garantindo uma participação minoritária de 10% na rede de varejo de materiais de construção. “Resolvemos investir em empresas que se conectam de uma forma ou de outra com a nossa companhia e que a gente acredita que podem trazer soluções inovadoras e soluções disruptivas no mercado”, disse Oliveira. Complementam os planos da Dexco o montante de R$ 2,5 bilhões anunciado em 2021, considerando projetos até 2023 que incluem aumento da capacidade de produção, automação e modernização fabril, uma nova fábrica e ampliação da base florestal.

Já na atuação internacional, a divisão de madeira, com Duratex e Durafloor, continua sendo o carro-chefe, com 14% de toda a produção de painéis de madeira destinada ao mercado externo em 2021. O faturamento internacional da Dexco foi de R$ 1,4 bilhão, 35% a mais que no ano anterior. Em um passo importante da internacionalização, está a LD Celulose, joint venture da Dexco com a Lenzing. Com investimento de US$ 1,38 bilhão, a fábrica construída para a produção de celulose solúvel teve o início da operação em abril de 2022.

Com um forte trabalho interno e ajuda das circunstâncias externas favoráveis, a Dexco fez história em 2021, pavimentando um caminho de crescimento e elevando seu patamar de desenvolvimento. Agora, fica o desafio de seguir em frente num cenário ainda mais desafiador do que o encontrado ano passado.