12/11/2021 - 15:15
O que vai mudar na Master Asset Management (MAM)?
Temos ativos sob gestão de R$ 11,8 bilhões. Cerca de R$ 6 bilhões estão em Fundos de Investimento em Participações (FIP). Há R$ 1,5 bilhão em fundos de direitos creditórios (Fidc) e mais R$ 1,5 bilhão em fundos imobiliários. Agora, pretendemos lançar fundos de renda fixa e de ações.
Qual a estratégia para a renda variável?
Vamos lançar um fundo long-only. Já o lançamento de um fundo passivo ainda está em discussão. Esses fundos vêm sofrendo a concorrência dos Exchange Traded Funds (ETF), graças ao trabalho bem feito de educação financeira que tem sido realizado pelas plataformas de distribuição de produtos financeiros, pelos agentes autônomos e pelos influenciadores digitais.
Vão lançar fundos multimercados?
Não. A explicação para isso é simples. Para gerir bem um multimercado é preciso ter uma equipe maior de profissionais, que vai se dedicar a um produto específico. O custo de montar um time bom é elevado. E como esse segmento é imprevisível, mesmo com profissionais qualificados não há garantias de um bom desempenho. Por isso, nesse caso nós avaliamos que a melhor estratégia será lançar um fundo de fundos (FOF), que invista nos melhores produtos à disposição no mercado.
E no caso dos fundos imobiliários?
Temos de dividir esses ativos em várias categorias. Começando com os fundos que investem em títulos lastreados por ativos imobiliários. Esses são os mais promissores, pois a rentabilidade dos papéis acaba acompanhando os movimentos dos juros, e as taxas estão subindo.
E os demais?
O cenário para as lajes corporativas é positivo, mas a longo prazo. Ainda há uma vacância elevada e um movimento de “fly to quality”, em que os locatários se mudam para escritórios melhores pagando o mesmo pela locação. Esse movimento vai se encerrar, mas isso ainda demora. Já fundos de hotéis e de galpões são mais interessantes.
Por que?
A taxa de ocupação dos hotéis melhorou, e há poucos fundos no mercado voltados para esse tipo de imóvel, então passou a ser uma boa alternativa. E a demanda por galpões logísticos, especialmente os mais próximos, localizados em um raio de 30 km de São Paulo, permanece muito aquecida.
FUNDOS CAPTARAM R$ 15,7 BILHÕES EM OUTUBRO
A indústria de fundos captou R$ 15,7 bilhões líquidos em outubro, segundo a Anbima, que representa o setor. Com esse resultado, o saldo líquido chegou a R$ 420,9 bilhões. A renda fixa liderou a entrada líquida de recursos no mês, mas houve uma redução no fluxo de captação, que caiu para R$ 17,4 bilhões ante os R$ 35,8 bilhões investidos em setembro. Pela segunda vez no ano, os fundos de ações tiveram resgates. Saíram R$ 6,1 bilhões líquidos, ante os resgates de R$ 2,2 bilhões em setembro.
RAYSSA LEAL ELEVA VENDAS DA BRASILPREV
Durante o mês de outubro, a Brasilprev, empresa de previdência privada do Banco do Brasil, vendeu 109 mil planos de previdência para clientes de até 21 anos. Segundo a empresa, as vendas foram alavancadas por uma campanha de marketing com a skatista Rayssa Leal, campeã nos jogos olímpicos de Tóquio. Cerca de 60% dos recursos vieram de pais e mães, 19% de avós e 11% de tios e tias, que investiram o dinheiro e indicaram filhos, netos e sobrinhos como beneficiários.
CVM SUSPENDE LANÇAMENTO ESG DA RIO BRAVO
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu por 30 dias a oferta de quotas do Rio Bravo ESG, fundo de fundos dedicado a carteiras incentivadas de infraestrutura com uma pegada ESG. Segundo a CVM, a suspensão deve-se à falta de informações no prospecto preliminar de emissão do fundo. Procurada, a Rio Bravo informou que “vai se pronunciar nos meios previstos pela CVM no âmbito da oferta. E, em breve, por meio de um comunicado ao mercado”.
EM ALTA
1,60%
Foi o aumento do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em outubro após ter caído 0,55% em setembro. Com este resultado, o índice acumula alta de 16,96% no ano e de 20,95% em 12 meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em outubro de 2020, o índice havia subido 3,68% e acumulava elevação de 22,12% em 12 meses. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,90% em outubro devido aos avanços nos preços do óleo diesel (10,24%), da gasolina (6,62%) e do minério de ferro (4,29%).
EM BAIXA
0,4%
Foi a retração da produção industrial em setembro na comparação mensal dessazonalizada, resultado entre a estimativa do mercado (-0,2%) e a projeção (-0,6%). A produção de manufaturados e de material de construção continua em tendência de queda. A demanda por bens industriais também começa a perder fôlego, segundo a FGV. Os dados sinalizam que o setor de bens já está desacelerando, enquanto a normalização do setor de serviços é o único motor para o crescimento marginal do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil.