A mineradora Vale informou na segunda-feira (17) que sua produção de minério de ferro cresceu 1,1%, para 89,7 milhões de toneladas. As vendas da matéria-prima subiram 7,4%, para 69 milhões de toneladas, ante os 66,7 milhões no mesmo período de 2021. Já na comparação trimestral o desempenho foi 21% superior na produção. “Isso foi reflexo do período seco no Sistema Norte e maiores compras de minério de terceiros e produção no Sistema Sul”, comunicou a empresa. Para analistas da Genial Investimentos, o relatório de produção mostra superação. “Vemos uma certa resiliência da companhia com relação ao escoamento da produção de minério em um ambiente onde a demanda pela commodity vem sofrendo desaquecimento”, disseram Igor Guedes e Ygor Araújo. Eles também afirmaram acreditar que a produção veio em linha com as expectativas.

MERCADOS
Barsi fica na mira da CVM

O megainvestidor Luiz Barsi é investigado pela CVM por ter comprado a ação da Unipar Caboclo com informações privilegiadas, informou o jornalista Lauro Jardim no domingo (16). Segundo a CVM, Barsi teria negociado as ações da Unipar antes do dia 2 de junho, dia da divulgação de fato relevante da compra da fábrica da Compass Minerals por R$ 300 milhões. A ação subiu 8%. Em nota, Barsi disse que a compra de ações ocorreu fora do período de silêncio e que se tratam de valores imateriais. “Não tenho uma carteira especulativa e sempre busquei uma renda financeira através dos dividendos”, disse.

CONSTRUÇÃO CIVIL
Gafisa se destaca nas prévias das construtoras

Quatro construtoras divulgaram suas prévias operacionais na última semana. O destaque ficou com a Gafisa. A construtora informou alta de 144% nas vendas, para R$ 184,5 milhões. “O estoque reduziu, na margem, em comparação com o 2º trimestre, atingindo R$ 1,9 bilhão”, comunicou a Gafisa. A JHSF vendeu R$ 375,2 milhões no trimestre, avanço de 12,4%. Já as construtoras Tenda e MRV reportaram quedas na comparação com igual período de 2021, de 36% e 13,6% nas vendas, respectivamente.

ÓLEO E GÁS
Petrobras confessa dívida de R$ 1,1 bilhão

A Petrobras informou na terça-feira (18) que assinou uma confissão de dívida com fundo de pensão Petros. O valor total a ser pago será de R$ 1,1 bilhão. O dinheiro será dividido em duas parcelas. A primeira, de R$ 229 milhões, será depositada agora em outubro de 2022. A quantia é referente aos valores não cobrados no período de julho de 2020 a setembro de 2022. O montante de R$ 885 milhões será pago de acordo com a folha de pagamento em contrapartida à arrecadação da parcela dos participantes e assistidos.

FINANCEIRO
Levante faz planos para IPO

A Levante Ideias de Investimentos está em busca de novos aportes na casa de análise. Segundo e-mail enviado para sua base de usuários cadastrados, a proposta é fazer uma rodada de captação antes de ir para a B3. “O maior objetivo da Levante para daqui em diante é abrir capital na Bolsa de Valores”, comunica a empresa. “Vamos tocar o sininho da Bolsa juntos!”, enfatiza a empresa no e-mail. A Levante está em período de silêncio, segundo informações obtidas pela Dinheiro.

DESTAQUE NO PREGÃO
Natura estuda IPO ou cisão da Aesop

A Natura informou na segunda-feira (17) que deu início a um estudo comparativo para fazer uma oferta inicial de ações (IPO em inglês) da Aesop, ou uma separação (cisão) potencialmente seguida por uma oferta pública. “O IPO tem sido visto nos últimos meses como uma alternativa para acelerar o crescimento da Aesop”, comunicou a empresa. A companhia afirmou também que o estudo mostrou que a venda da companhia pode gerar valor à Natura e aos acionistas. Por isso os diretores do conselho já aprovaram os estudos. A notícia chamou a atenção do mercado. As ações da companhia dispararam 9,62%, a R$ 14,24 na terça-feira (18). Para analistas da XP Investimentos, a transação “pode destravar um valor de até 50%”. “Enxergamos a NTCO3 negociando com um desconto de 40% aos pares globais”, disseram.

TELECOMUNICAÇÕES
TIM, Vivo e Claro vão à justiça contra a Oi

TIM, Vivo e Claro protocolaram na segunda-feira (17) um pedido de suspensão de pagamento de R$ 1,52 bilhão referente à aquisição dos ativos de telefonia móvel da Oi. O requerimento aguarda decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A última decisão definiu que as empresas devem pagar todo o montante para a Oi. Do valor, R$ 515,5 milhões devem ser pagos pela Vivo, R$ 342,7 milhões pela Claro e R$ 669,5 milhões pela TIM. Em dezembro de 2020, Claro, TIM e Vivo ganharam o leilão da Oi Móvel por R$ 16,5 bilhões, mas retiraram uma parcela de R$ 1,44 bilhão para compensar possíveis ajustes no valor final da transação.