A Porto Seguro acelerou sobre o mercado de seguros automotivos. Num segundo movimento estratégico no ano, a empresa assinou um acordo para aquisição da carteira da AIG, que inclui 25 mil apólices de carros. Isso equivale a 0,5% da frota de veículos segurados pelo grupo Porto Seguro. Há cinco meses, a empresa comandada por Fábio Luchetti já havia comprado a carteira da Chubb, com objetivo de reforçar sua participação em seguros de carros premium. Essas apólices representavam 2,7% dos prêmios da carteira da Porto Seguro. Os valores dos negócios não foram revelados. De acordo com o anuário do Sincor-SP, a Porto Seguro encerrou 2015 com uma fatia de 27,4% no segmento automotivo, que movimentou R$ 33,3 bilhões.

BM&FBovespa

Investidor ganha três novos recibos de ações

A BM&FBovespa passou a negociar três novos Brazilian Depositary Receipts (BDRs), emitidos pelo Bradesco, na semana passada. Os BDRs não patrocinados de Nível I são emitidos por instituições que possuem as ações de empresas listadas em bolsa de valores fora do País e comercializam recibos desses papéis, pagando dividendos em reais. Com as adições das seguradoras Aetna e AIG Group e da Duke Energy Corporation, a oferta local de BDRs soma 124 recibos.

Siderurgia

Nova troca de comando na Usiminas

A Usiminas informou que a Justiça de Minas Gerais deu ganho de causa à Nippon Steel e anulou a eleição de Sergio Leite, que assumiu a siderúrgica em maio. O executivo era apoiado pela ítalo-argentina Ternium-Techint, mas a japonesa Nippon Steel defendia o nome de Rômel de Souza, que assumiu a presidência da Usiminas, na sexta-feira 7. Assolada por dívidas de mais de R$ 7 bilhões e disputa entre seus dois principais sócios há anos, os papéis da siderúrgica acumulam alta de 135,53% em 2016.

Touro x Urso

A expectativa de votação da Proposta de Emenda à Constituição, a PEC 24, que limita os gastos públicos do governo brasileiro, somada às incertezas no cenário internacional podem continuar adicionando uma boa dose de volatilidade pelos mercados mundiais. Fique de olho no imbróglio com o banco alemão Deutsche Bank e num provável adiamento do aperto monetário pelo Fed, o banco central americano.

Destaque no pregão

Anima reforça presença em Minas Gerais

O Grupo Educacional Anima, de Daniel Castanho, reforçou sua atuação em Minas Gerais, seu principal mercado, com a compra do Instituto Politécnico de Uberlândia, que possui unidades na maior cidade do Triângulo Mineiro e em Catalão, Goiás, por R$ 24,5 milhões. Com o negócio, a Anima adiciona 2,3 mil novos alunos de cursos presenciais, como engenharia, direito e administração, e passa a ter um total de 12,3 mil alunos de graduação. Eles pagam, em média, R$ 1.200 de mensalidade. O Instituto Politécnico gerou receita líquida de R$ 13,7 milhões e Ebitda ajustado de R$ 600 mil, no ano passado. Em 2016, as ações da Anima acumulam queda de 10%.

Palavra do analista:
Para a equipe da consultoria Eleven Financial, a estratégia de crescimento por aquisição, a partir de um modelo de transação capaz de financiar a compra, potencializa sinergias, margens de lucro e dividendos aos acionistas no longo prazo.

Cartões de crédito

Cielo cria fundo para concentrar recebíveis

A Cielo criou um fundo de investimentos, com R$ 1,3 bilhão em ativos, conhecido como Fidc. Mas, ao invés de usá-lo para captação de recursos no mercado, como é o usual, a empresa comandada por Rômulo de Mello Dias reuniu nesse fundo os recebíveis gerados por adiantamentos de recursos ao varejo. A solução resolve um dilema criado por um parecer do Banco Central, que classificou a antecipação de recebíveis pelas credenciadoras como um pagamento antecipado, e não uma operação de crédito. O fundo, no entanto, não é aberto a investidores. No ano, as ações da Cielo sobem 21,57%.

Mercado em números

ENEVA
R$ 1,16 bilhão - 
Foi o aumento de capital feito pela empresa, que passou a ter a Parnaíba Gás Natural (PGN) como sua subsidiária, graças à integração das fatias do fundo Cambuhy e OGX pela controladora

HYPERMARCAS
R$ 705,8 milhões - 
É quanto o grupo vai receber pela venda de sua divisão de preservativos para a Reckitt Benckiser. A negociação foi aprovada pelo Cade

JHSF
R$ 440 milhões –
 É o valor da venda de 100% do shopping paulistano Metrô Tucuruvi para a gestora Hemisfério Sul Investimentos

BRF
US$ 16 milhões –
 É o investimento que a empresa brasileira irá realizar numa processadora de alimentos na Malásia, a PPB Group Berhad, para fortalecer sua participação na Ásia

COSAN
16,41% –
 Foi a fatia do capital social da Radar Propriedade Agrícolas vendida à Mansilla Participações, que ainda arrematou 62% do capital social da Radar II. Os valores não foram divulgados