07/10/2022 - 3:50
Ao longo de sua história, iniciada em 1924 com a abertura de uma firma em São Paulo pelo imigrante ucraniano Leon Feffer, a Suzano estabeleceu dois pilares que se mantêm fundamentais para a companhia: inovação e sustentabilidade. Ainda na década de 1960, de forma pioneira, ela iniciou a produção de celulose 100% a partir da fibra de eucalipto, tecnologia que revolucionou o setor no Brasil e no mundo. “Quando a gente fala em inovação está pensando em qual a próxima forma de renovar a vida a partir da árvore”, afirmou o presidente da Suzano, Wallter Schalka. Entre os exemplos de como a empresa busca atender às transformações pelas quais a sociedade passa está o papel Pólen, desenvolvido especialmente para o segmento de livros para proporcionar uma leitura mais confortável. Outra inovação da qual a empresa se orgulha é o lançamento da Ecolig, família de produtos à base de lignina que funciona como alternativa aos insumos de origem fóssil em aplicações industriais de alta performance.

“Ao plantarmos árvores estamos criando a perspectiva da sociedade de poder endereçar alguns problemas geracionais, como a crise climática” Walter Schalka, CEO da Suzano.
A produção de lignina a partir da madeira de eucalipto que a Suzano planta e colhe é um dos pontos que conectam o pilar da inovação ao da sustentabilidade. “Isso é intrínseco do nosso negócio”, disse Schalka. “Ao plantarmos árvores estamos criando a perspectiva da sociedade de poder endereçar alguns problemas geracionais.” Um deles, evidentemente, é a crise climática. “A nossa visão é que essa combinação de inovação e sustentabilidade é transformacional para a sociedade como um todo podendo gerar valor para todos os stakeholders”. Apoiada nessa estratégia, a empresa tem crescido de forma sólida nos últimos anos. Em 2019, a fusão com a Fibria resultou na criação da Suzano S/A, maior produtora mundial de celulose. Com 35 mil clientes, 36% de marketshare no segmento de papel no Brasil e presença em mais de 100 países, a Suzano teve em 2021 os melhores resultados financeiros de sua trajetória, com receita líquida de R$ 40,97 bilhões (34% acima de 2020). Um ano histórico, segundo Schalka. Isso faz dela a campeã do setor de Papel e Celulose do anuário AS MELHORES DA DINHEIRO 2022.
“A companhia tem verdadeira obsessão por atingir metas, não só financeiras”, afirmou o CEO. Isso se reflete no dia a dia da empresa. A Suzano planta cerca de 500 mil mudas de eucalipto por dia e conserva uma área nativa de quase 1 milhão de hectares. Com isso, a remoção de carbono é maior do que a emissão, o que faz da Suzano uma empresa carbono negativa. A principal razão para esse resultado é que sua atividade está baseada no eucalipto. Como qualquer planta, o eucalipto consome água e gás carbônico, realiza fotossíntese e devolve água e oxigênio para a atmosfera. O carbono fica capturado em seu tronco. “Para aproveitar todo esse potencial, adotamos o manejo sustentável, em forma de mosaicos que intercalam plantios e áreas de mata nativa, o que favorece a conservação do solo, das águas e da biodiversidade”, disse Schalka.
Trabalhando com matéria-prima vegetal, a Suzano desenvolve produtos biodegradáveis e recicláveis, que substituem materiais de origem fóssil e promovem um consumo mais consciente. Toda essa cadeia chega à vida de mais de 2 bilhões de pessoas no mundo. E no que depender da empresa, irá assegurar um planeta melhor no futuro.