11/01/2012 - 21:00
Uma pimentinha melhora qualquer prato. Para apimentar a rentabilidade da renda fixa, uma boa alternativa são os fundos de índice, ou ETFs (Exchange Traded Funds), que permitem acompanhar um indicador do mercado sem ter de montar uma carteira de ações. Esses fundos cobram taxas de administração mais baixas e lucram com o aluguel de ações e a negociação direta no pregão da BM&FBovespa. Há dez índices sendo negociados e mais três devem ser lançados em 2012. O Itaú Unibanco vai gerir o Índice Dividendos (IDIV) e o Índice Materiais Básicos (IMAT). Já a gestora BlackRock Brasil vai lançar o Índice Utilidade Pública (UTIL), que reúne as empresas prestadoras de serviços públicos.
Em outros países, os ETFs já representam 5% da movimentação nas bolsas, mas no Brasil essa cifra é de apenas 1%. No entanto, o desempenho de 2011 mostrou seu potencial. O BOVA11, que replica o Ibovespa, superou R$ 1 bilhão em patrimônio líquido em 1º de dezembro. “Os ETFs servem para diversificação de carteira”, diz Ricardo Cavalheiro, diretor da BlackRock. “Em vez de olhar cada empresa, o investidor compra cotas no ETF e aguarda o retorno.” Eles também têm como grande vantagem o custo. As taxas de administração variam de 0,059% no caso do PIBB a 0,69% ao ano, ante a média de 2,04% dos fundos de ações.
E o investimento inicial também é baixo, a partir de R$ 150. No Brasil, o ETF mais conhecido é o PIBB, gerido pelo Itaú e que acompanha o IBrX-50. Em novembro, contava com 16,7 milhões de cotistas. Em 2012, deve passar por reformulações. “Queremos deixá-lo mais moderno, vamos mudar o formador de mercado e relançá-lo com outras diferenças”, diz Paulo Corchaki, diretor de gestão de recursos do Itaú. Como qualquer aplicação em ações, os ETFs têm riscos. Neste momento, a queda do BOVA11 é de 19% no ano até 19 de dezembro. Há também o risco de o administrador do fundo não conseguir acompanhar o desempenho do índice, porque as proporções das ações que compõem a carteira da aplicação nem sempre são idênticas.