04/01/2012 - 21:00
Exportação
O Brasil pode terminar o ano sem nenhum manufaturado entre os dez principais itens da pauta de exportação. Embora as vendas externas de produtos de maior valor agregado tenham aumentado 17,3%, os bens de peso mais expressivo – aviões e carros – tiveram queda de 3%. Entre 2000 e 2010, as exportações desses dois itens sempre figuraram entre os dez primeiros da lista. As commodities, por sua vez, cresceram 39% em relação a 2010, enquanto as exportações como um todo subiram 29%.
Aeroportos
Orçamento mais gordo
O orçamento de 2012 prevê R$ 1,8 bilhão em investimento nos aeroportos. Mas a Infraero já tem um plano paralelo para colocar em prática. A estatal projeta R$ 5,2 bilhões extras nos próximos cinco anos, assim que entrarem os recursos das concessões dos aeroportos de Cumbica (São Paulo), Viracopos (Campinas) e Brasília, com o leilão que acontece na Bovespa, em fevereiro. São mais recursos para a aviação regional e terminais que estão fora do PAC.
Energia
Mais transparência
Das oito empresas que integram o cadastro pró-ética da Controladoria Geral da União (CGU), com metas de combate à corrupção, sete são da área de energia elétrica, que têm controladoras estrangeiras já acostumadas a leis antifraude mais rigorosas que no Brasil. São elas: EDP Energia, Siemens, Johnson Control, AES Sul, Eletropaulo, AES Tietê e CPFL Energia.
Petróleo
Segurem os doutores
Mal começou a ser explorado, o pré-sal já desencadeia uma disputa entre as petrolíferas e as universidades. Com vagas de sobra para profissionais qualificados, as empresas do setor assediam doutorandos da Coppe/UFRJ, que tenta, ao menos, reter seus alunos até que eles recebam o título de doutor.
EUA
Visita oportuna
A CNI quer organizar uma missão para acompanhar a presidenta Dilma Rousseff na visita ao presidente Barack Obama, no segundo trimestre de 2012. Apesar da crise, os empresários acham que o mercado americano tem muito potencial para produtos brasileiros, especialmente os itens não explorados pelos asiáticos. A entidade está levantando quais produtos são esses.
Cena do Planalto
Abacaxis à espera
Em recesso, a Câmara Federal deixou alguns abacaxis para 2012 – um deles envolve o PSD. Com a quarta maior bancada da Casa, o partido do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, quer indicar o presidente de uma importante comissão, mas esbarra num vácuo jurídico: se seus deputados não foram eleitos em 2010, têm eles os mesmos privilégios dos demais? Nem a Câmara sabe responder.
Notas
O Banco Central resiste à pressão dos bancos privados, que gostariam de vê-lo participando do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o órgão responsável pela cobertura dos depósitos dos clientes em caso de liquidação ou insolvência de instituições. O BC não quer nem ouvir falar em arcar com even-tuais prejuízos do setor.
A análise de fusões, aquisições e formação de cartel do novo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pode continuar sob a batuta do maior especialista brasileiro no assunto: o atual secretário de Direito Econômico, Vinícius Carvalho. Hoje é a SDE, ligada ao Ministério da Justiça, que faz esse trabalho, preliminar ao julgamento dos casos no Cade. A Secretaria vai continuar a existir, mas cuidará, basicamente, de casos de defesa do consumidor.
Colaborou Cristiano Zaia e Guilherme Queiroz