O desenvolvimento tecnológico de um país passa pela atuação direta de empresas, de centros de pesquisa e também da ação vigorosa do Estado. Quer seja com benefícios fiscais, para ajudar a mitigar os riscos dessa atividade, ou pela liberação de verbas a juros subsidiados. Nos últimos 20 anos, o Brasil vem dando passos importantes nessa área, especialmente se levarmos em conta que a inovação não se resume à criação de complexos equipamentos, mas também a iniciativas capazes de resolver, com qualidade, problemas pontuais (veja os links abaixo). A parceria entre duas empresas do segmento de energia, Itaipu Binacional e Companhia Energética do Paraná (Copel), é um bom exemplo disso.

Juntas, elas estão revolucionando o aproveitamento do biogás, produzido a partir da decomposição das fezes de suínos existentes nas granjas abundantes da região. Ou seja, um problema ambiental com consequências potencialmente graves para o meio ambiente, caso os detritos das granjas sejam manejados de maneira incorreta, está se transformando na energia que melhora a renda média de pequenos agricultores e também das grandes cooperativas. Mas, quando o assunto é desenvolvimento local, muitas vezes as soluções dependem de um foco maior em gestão. É o que faz a BRF, companhia criada pela fusão da Sadia com a Perdigão. Com fábricas e escritórios espelhados pelo País, a empresa aposta na articulação dos diversos agentes locais para promover ações capazes de mudar a face das regiões nas quais atua.

Exatamente como faz a cimenteira Holcim, principal empregadora de Barroso (MG), que se esforça para que a cidade reduza a dependência em relação aos empregos que gera e aos tributos que entram nos cofres da prefeitura local. A Holcim faz a sua parte ao patrocinar programas de geração de renda, como o Vaca Gorda, que já elevou em 150% a remuneração dos produtores rurais do município, e do Papa Luxo, que incrementou em 107% o ganho dos recicladores de embalagens. Por sua vez, a alemã SAP uniu tecnologia e trabalho voluntário de seus empregados em um mesmo pacote, possibilitando que pequenas empresas e instituições filantrópicas tivessem acesso à mão de obra de qualidade, sem pagar nada por isso.

O projeto batizado de Sabático Social tem alcance global e é visto não apenas como uma ferramenta de aproximação com a comunidade, mas principalmente como uma forma de aumentar o grau de engajamento dos funcionários. “O programa é bastante procurado pelos funcionários da SAP e muito elogiado pelas entidades beneficiadas”, afirma Adriana Kersting, diretora de Recursos Humanos da SAP. O salto possibilitado pela tecnologia também exerce papel de destaque na multiplicação de outras ações de caráter cidadão, como o uso do WiseWaste, aplicativo destinado a melhorar a interface entre o poder público e a sociedade. O aplicativo permite denunciar os pontos de descarte irregular de resíduos.

Confira as demais empresas do bem:

Holcim
SC Johnson
BRF
Itaipu
Volvo
Eletra
SAP
AES Tietê
Segunda Chance
Wisewaste

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Confira também as demais categorias:

• Saúde: Aposta na prevenção
• Educação: O que elas podem ensinar
• Mobilidade: Menos poluição e mais agilidade
• Meio ambiente: Um fator decisivo