30/10/2015 - 20:00
Adesaceleração da economia chinesa significou uma diminuição, em proporções ainda maiores, no volume e nos preços da muitas matérias-primas. A queda na cotação internacional de commodities, como petróleo e minério de ferro, impactou diretamente em empresas brasileiras como Petrobras e Vale. A celulose, contudo, escapou do mau momento e vem batendo recordes. No ano passado, a produção da matéria-prima do papel cresceu 8,8% no Brasil. Não é por acaso, portanto, que as ações das companhias do setor de papel e celulose, como Fibria, Suzano e Klabin, estão entre as mais valorizadas da Bovespa neste ano.
“Sofremos menos com a crise chinesa, pois entregamos materiais essenciais como papel higiênico e fraldas”, afirma Elizabeth de Carvalhaes, presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), associação que representa o setor. Focar em produtos imprescindíveis foi o maior êxito da Facepa, fabricante de papel do Pará, vencedora do ranking setorial de AS MELHORES DO MIDDLE MARKET. A companhia, que é a maior fabricante de papeis das regiões Norte e Nordeste, cresceu impressionantes 23,2%, em 2014, enquanto o PIB brasileiro não passou de 0,1% no mesmo período.
O seu faturamento chegou aos R$ 302,2 milhões. Seus principais produtos? Papel higiênico, fraldas, guardanapos e papéis-toalhas, alguns dos últimos produtos a sentirem a crise econômica. A empresa é controlada pelo libanês naturalizado brasileiro Antonio Farah, considerado um dos mais importantes empresários do Pará. A Facepa emprega mais de mil funcionários e também já opera em Fortaleza. Para baratear os custos, Farah criou a Norplast, indústria de plástico localizada na Bahia, que fornece 80% da sua produção para a própria Facepa. O material é utilizado nas embalagens de todos os papéis feitos pela companhia paraense.
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