26/10/2013 - 13:00
Se palpite fosse bom, não seria dado, seria vendido, diz o ditado. A consultoria americana especializada em tecnologia Gartner acredita tanto na qualidade dos conselhos dos seus mais de mil analistas que efetivamente os comercializa. Em 2012, os “pitacos” do Gartner geraram US$ 1,6 bilhão em faturamento, crescimento de 10% em relação ao ano anterior. “Estamos no topo de uma montanha observando o mercado de tecnologia“, afirma Marcio Krug, diretor-geral da Gartner do Brasil. Krug já viu muito, pois trabalha para a Gartner praticamente desde a criação do escritório local, em 1996, onde começou como estagiário.
Observador: Marcio Krug, diretor-geral da Gartner no Brasil, aposta
no crescimento do venture capital no País
A Gartner, que já vende estudos e análises para os diretores de informáticas nas empresas, está trazendo agora sua divisão de consultoria para fundos de venture capital no Brasil. O objetivo é auxiliá-los na decisão de investimentos. O primeiro, e até agora único cliente da Gartner dentro da nova proposta, é o fundo da brasileira DLM Invista, que abriu um braço de venture capital no fim do ano passado. “As informações sempre ajudam o investidor”, diz Paulo Caputo, diretor de private equity da DLM Invista. “Na hora de construir a chamada tese de investimento, é importante dominar o assunto.”
Até o momento, o fundo desembolsou R$ 120 milhões em duas empresas, a Open Tech, que oferece soluções para a área de logística, e a Interplayer, plataforma de venda de equipamentos médicos. Além da DLM, a Gartner mapeou cerca de 40 fundos interessados em empresas novatas. “Detectamos que os fundos estão interessados em saúde, educação, varejo e tecnologia”, afirma William Hoffert, diretor de desenvolvimento de negócios da Gartner. Para Krug, o mercado crescerá ainda mais após o País melhorar a educação e facilitar o acesso ao dinheiro. “Superados esses gargalos, a criatividade brasileira poderá revolucionar o mundo.”