15/09/2010 - 21:00
A sueca Ikea, uma das maiores redes de varejo de móveis do mundo, é uma espécie de colosso do mundo corporativo. Possui 300 lojas espalhadas em 37 países, conta com 123 mil funcionários, compra produtos de 1,2 mil fornecedores em 55 países e, em 2009, faturou US$ 31 bilhões.
Parque eólico: a Ikea produzirá energia suficiente para abastecer uma cidade com mais de 300 mil habitantes
Como toda grande companhia que tem atuado nos dias de hoje, tem mostrado preocupação com a sustentabilidade. Essa questão, porém, vai além da economia de materiais. Na semana passada, a empresa comprou da espanhola Gamesa seis fazendas de energia eólica, na Alemanha, que se juntam a mais quatro que a Ikea já possuía na França.
Motivo: ela quer se tornar inteiramente verde. E, a julgar pela sua estratégia, caminha para atingir essa meta. Só com as turbinas eólicas, a companhia vai gerar 93 MW, o suficiente para atender 10% de sua necessidade e o bastante para abastecer uma cidade com mais de 300 mil pessoas.
Além disso, a Ikea também tem complementado a sua necessidade de energia limpa instalando em suas lojas painéis fotovoltaicos, aqueles que captam os raios solares e transformam em energia elétrica. Isso tem garantido 45% de autossuficiência energética.
Fundada em 1943 pelo sueco Ingvar Kamprad, hoje o 11º homem mais rico do mundo com uma fortuna avaliada em US$ 23 bilhões, a Ikea joga pesado com os seus fornecedores quando o assunto é escolher os produtos que serão vendidos em suas lojas. Móveis de madeira?
Apenas aqueles que possuem certificado de origem. Detalhe: para ser um fornecedor da rede é preciso responder a um questionário de 80 perguntas. Em alguns casos, os produtos ecologicamente corretos chegam a ser cinco vezes mais caros do que um comum.
Para resolver essa equação e não comprometer sua margem de lucro, a Ikea usa o poder de barganha e pressiona os fornecedores. Quem não baixa a guarda sai da lista e, em se tratando de uma das maiores empresas do mundo, ninguém quer ficar de fora.