Quando a economia passa por períodos de bonança e os bons negócios são fartos, o mercado de trabalho costuma se aquecer e ficar favorável aos empregados, que podem optar entre empresas e tarefas a cumprir. Para atrair os melhores, as organizações com estruturas de recursos de humanos mais bem preparadas definem estratégias e, muitas vezes, precisam topar pagar remunerações em níveis acima do praticado por outras empresas. Quando o mercado vira e afunda numa recessão como a que o Brasil hoje atravessa, o desafio se torna bastante diferente.

Sob o risco iminente de precisarem recorrer a demissões e com a necessidade clara de ganhos de eficiência, as companhias necessitam fazer mais com menos recursos. A grande dificuldade é manter os funcionários motivados e produtivos, enquanto a instabilidade e a insegurança dão o tom. O segundo contexto é o que se apresenta para a realização da segunda edição da parceria entre a DINHEIRO e o Top Employers Institute, entidade holandesa, fundada em 1991, que certifica os melhores empregadores de cerca de 100 países.

Com isso, coleta um valioso compêndio de melhores práticas adotadas no mundo corporativo que servem como referência a todas as companhias em busca de se tornar um modelo na gestão dos funcionários. Os resultados serão divulgados em março pela DINHEIRO, em uma edição especial com exemplos das empresas certificadas e ideias que podem fazer a diferença no momento de buscar as melhores e mais inovadoras práticas do setor. “Vemos essa aliança como uma oportunidade perfeita para expandir a visão da Top Employers de que, acima de tudo, valorizar o capital humano nas organizações é fundamental para o melhor desempenho dos negócios”, afirma David Plink, CEO da empresa certificadora.

Após quatro anos de atuação do instituto no País, já são as 26 empresas certificadas no Brasil, sendo que sete delas possuem o selo global – só concedido a companhias avaliadas positivamente em um mínimo de 20 países e em três continentes ou em 12 das 15 maiores economias do mundo. A metodologia da Top Employers analisa 585 práticas, que são categorizadas em nove tópicos. Entre eles, estão a remuneração e benefícios, a gestão de talentos e de desempenho, o planejamento de pessoal e o desenvolvimento de lideranças.