Os hospitais brasileiros que são referência internacional na área de saúde, como os paulistanos Albert Einstein, o Sírio-Libanês e o Oswaldo Cruz, mantêm uma constante busca por excelência. Em comum, eles contam com o alto nível do corpo clínico, centros de pesquisa de ponta e equipamentos de última geração. Por isso, as inovações tecnológicas não saem do radar, já que oferecem tratamentos menos invasivos e traumáticos ao paciente. No Centro de Oncologia Molecular, do Sírio-Libanês, há equipamentos como o PET/CT, uma máquina que une as imagens metabólicas às anatômicas da tomografia computadorizada, produzindo um terceiro tipo de imagem com o qual é possível localizar precisamente uma lesão. 

 

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Paulo Chapchap: suíte neurocirúrgica do Sírio-Libanês para retirada de tumor intracraniano

 

O Einstein e o Oswaldo Cruz também possuem esse tipo de equipamento. “Cada vez mais conseguimos ver o organismo humano por dentro, graças à tecnologia”, afirma Paulo Chapchap, superintendente de estratégia corporativa do Hospital Sírio-Libanês. Como exemplo, Chapchap cita a suíte neurocirúrgica do Centro Cirúrgico do Sírio para retirada de tumor intracraniano. Inaugurada em 2011, ela reúne o que há de mais moderno na área: neuronavegador (semelhante ao GPS, com precisão milimétrica, localiza tumores muito pequenos e auxilia na retirada), ressonância magnética conjugada à sala e estação de planejamento cirúrgico, entre outros equipamentos.

 

Quando se fala em inovação, é impossível deixar de fora a cirurgia robótica, cuja principal característica é ser minimamente invasiva, além de dotada de alta precisão. Sírio, Einstein e Oswaldo Cruz já atuam nessa área há alguns anos. Os três hospitais contam com o robô Da Vinci, cujo custo é superior a US$ 3 milhões a unidade. O robô possui quatro braços e um deles é ocupado por uma câmera que gera imagens 3D. Os outros controlam os instrumentos cirúrgicos como pinças, tesouras e bisturi. Mas, atenção: o equipamento faz o papel dos braços – e não do cérebro do cirurgião durante o procedimento. “Quem está no comando é o médico”, afirma Chapchap. 

 

No Oswaldo Cruz já foram feitas mais de 550 cirurgias robóticas nos últimos quatro anos e meio. “A robótica é menos invasiva, proporciona diagnóstico mais exato e uma recuperação mais rápida do paciente”, afirma Paulo Vasconcellos Bastian, superintendente operacional do Oswaldo Cruz. Entre as especialidades operadas pelo robô do Oswaldo Cruz estão a urologia (que contabiliza o maior número de procedimentos), a ginecologia (retirada de útero) e a ortopedia (correção de nervos do pescoço). Mas não é só em aparelhos para melhorar diagnósticos ou dentro das salas de cirurgia que a tecnologia ganha espaço. 

 

Nos hospitais brasileiros de primeira linha, hoje em dia, basta um clique para ter acesso ao prontuário digital do paciente. Isso é possível através de softwares que interligam o centro de diagnóstico por imagem a todos os equipamentos da área e envia imagens online dos exames realizados para o médico. De acordo com Claudio Lottenberg, presidente do Hospital Albert Einstein, existe uma equação muito difícil, que é a enorme demanda por saúde, com um leque tecnológico cada vez mais amplo e uma população que está envelhecendo. “Por isso, a medicina precisa ser cada vez mais bem gerenciada, como fazem as instituições americanas de saúde”, afirma Lottenberg. 

 

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