21/06/2013 - 18:00
A americana Nike e a alemã Adidas são as marcas de material esportivo mais associadas à Copa do Mundo pelos consumidores, segundo pesquisa feita pela agência paulista Hello Research. O estudo mostra a força de se investir no patrocínio de equipes. As duas empresas são as fornecedoras de camisas da maioria das seleções que disputarão o certame, no Brasil, em 2014. No universo dos times brasileiros não é diferente. Marcas estrangeiras, como as duas já citadas e a outra alemã, a Puma, são frequentemente lembradas como as principais fornecedoras de material esportivo para os craques (e para os não tão craques assim) da bola. Essa percepção, no entanto, não se confirma no País.
Roupeiro: a Penalty, de Roberto Estefano, fornece uniformes para seis times do Brasileirão
Nas séries A e B do Campeonato Brasileiro de Futebol, o principal do gênero na terra de Mané Garrincha e Pelé, são empresas nacionais que fornecem uniformes e bolas para a maioria dos clubes. É o caso não só de marcas consagradas, como Penalty, Topper e Olympikus, mas também de algumas desconhecidas, como Super Bolla e Kanxa. Entre os 20 times da primeira divisão, mais da metade (12) optam por fornecedores nacionais. Na “segundona”, as estrangeiras patrocinam apenas quatro equipes. “Um clube de futebol exige materiais sofisticados”, diz Roberto Estefano, presidente da Penalty, que patrocina seis clubes do Brasileirão, entre eles o São Paulo e o Vasco. “As bolas importadas são apenas recreativas, não servem para a prática profissional.”
As verbas de patrocínio estrangeiras que entraram no Brasil por causa da Copa geraram um surto inflacionário no valor dos contratos. “Os patrocínios hoje são apenas institucionais”, afirma Pedro Bartelle, diretor de marketing da Olympikus, marca que pertence à Vulcabras/Azaleia e patrocina o Cruzeiro. “Com os preços praticados, é difícil ter retorno com a venda de produtos.” Apesar disso, os brasileiros seguem otimistas com a influência da Copa do Mundo no esporte brasileiro. “Estamos de olho no que vai acontecer depois de agosto de 2014”, afirma German Pipet, gerente-geral da binacional argentina e brasileira Topper, patrocinadora do Grêmio de Porto Alegre. “Depois da Copa é que veremos quem fica e quem apenas estava aproveitando a onda.”