Ela não aparece em colunas sociais. Também não é de dar palpite na gestão do conglomerado de empresas que herdou do marido. O que Dirce Navarro de Camargo faz, e bem, é administrar sua fortuna, estimada em US$ 13,1 bilhões. Com essa dinheirama, a viúva do empreiteiro Sebastião Camargo, fundador do grupo Camargo Corrêa, morto em 1994, é a mulher mais rica do Brasil, segundo um índice de bilionários publicado pela agência de notícias americana Bloomberg. De acordo com a agência, Dirce ultrapassou o banqueiro Joseph Safra e se tornou a terceira do ranking dos mais ricos do País. 

 

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Fortuna: com US$ 13,1 bilhões, Dirce Camargo é a terceira colocada no ranking da Bloomberg

 

Apenas Jorge Paulo Lemann, da AB InBev, com US$ 17,4 bilhões, e Eike Batista, do grupo EBX, com US$ 21,1 bilhões, estão à sua frente. No ranking global, ela ocupa a 59ª posição. Dirce controla a Camargo Corrêa , 31º grupo econômico brasileiro, de acordo com a edição de AS MELHORES DA DINHEIRO, por meio da holding familiar Morro Vermelho, mas não participa diretamente de sua gestão. As ações da companhia estão distribuídas igualmente entre as três filhas do casal, Regina, Renata e Rosana. No entanto, Dirce possui usufruto vitalício de parte dos papéis. 

 

Regina e Renata são representadas na empresa por seus maridos, Luiz Roberto Ortiz Nascimento e Carlos Pires Oliveira Dias, respectivamente. O marido de Rosana, Fernando Arruda Botelho, morreu em um acidente aéreo em abril deste ano. Após a morte do patriarca Sebastião Camargo, Dirce chegou a assumir o comando das companhias. Mas por pouco tempo. O grupo, que inclui empresas de construção, cimento, concessões públicas e a Alpargatas, fabricante das Havaianas, está totalmente profissionalizado. Atualmente, é presidido pelo executivo Vitor Sarquis Hallack, que assumiu o comando dos negócios em 2006.