08/12/2010 - 21:00
O iPad é só um computador portátil com tela sensível ao toque, sem mouse ou teclado. Mas graças a um vasto universo de empresas que trabalham ao seu redor, ele pode ser também um incrível leitor de livros e revistas interativo ou ainda um console portátil de games e até um surpreendente projetor de filmes. Tão impressionante quanto o sucesso do tablet de Steve Jobs, que começou a ser vendido no Brasil à 0h da sexta-feira 3, é o negócio bilionário que orbita ao seu redor. Ele é formado por uma série de empresas que lucram com acessórios e aplicativos feitos exclusivamente para o iPad.
Entre os acessórios há os essenciais, como uma capa para protegê-lo ou um fone de ouvido; os úteis, como um teclado ou uma película contra risco; e até os fúteis, como um dock que o transforma em fliperama.
Do lado dos aplicativos, a variedade é ainda maior. São 300 mil deles, mais de 40 mil exclusivos para o iPad. Os preferidos pelos usuários são os de games, de livros, de músicas, de consumo e de notícias, revelou estudo da Nielsen feito nos Estados Unidos.
O iPad é só um computador portátil com tela sensível ao toque, sem mouse ou teclado. Mas graças a um vasto universo de empresas que trabalham ao seu redor, ele pode ser também um incrível leitor de livros e revistas interativo ou ainda um console portátil de games e até um surpreendente projetor de filmes.
Tão impressionante quanto o sucesso do tablet de Steve Jobs, que começou a ser vendido no Brasil à 0h da sexta-feira 3, é o negócio bilionário que orbita ao seu redor. Ele é formado por uma série de empresas que lucram com acessórios e aplicativos feitos exclusivamente para o iPad.
Entre os acessórios há os essenciais, como uma capa para protegê-lo ou um fone de ouvido; os úteis, como um teclado ou uma película contra risco; e até os fúteis, como um dock que o transforma em fliperama.
Do lado dos aplicativos, a variedade é ainda maior. São 300 mil deles, mais de 40 mil exclusivos para o iPad. Os preferidos pelos usuários são os de games, de livros, de músicas, de consumo e de notícias, revelou estudo da Nielsen feito nos Estados Unidos.
A Apple sempre apostou neste modelo, que foi sendo burilado ao longo do tempo e parece estar atingindo seu auge agora com o iPad. Ainda não há estimativas sobre os valores que esse mercado pode movimentar, mas, de acordo com o banco de investimentos Piper Jaffray & Co., o mercado de acessórios para iPod e iPhone movimentou US$ 3,7 bilhões em todo o mundo em 2009.
Muitos parceiros apostam no tablet para turbinar as suas vendas. É o caso da brasileira Mobimax, distribuidora de acessórios da Apple no País. Fundada há nove anos, ela cresceu na esteira da ascensão da empresa de Steve Jobs.
“A procura por acessórios do iPad tem sido pelo menos quatro vezes maior do que na época do lançamento do iPhone”, afirma Mario Okuno, fundador da Mobimax, que prevê um crescimento de mais de 100% na venda dos seus acessórios este ano.
Okuno acredita que o tablet terá um ecossistema muito mais amplo e rico do que o iPod e o iPhone. “O iPad é um aparelho que se presta a muitos usos e pode ser empregado em novas áreas, como saúde e educação”, diz. “Eu mesmo já aposentei o meu Mac.”
Uma parte considerável do universo iPad é formado por empresas que surgiram para criar programas para o iPhone e agora estão apostando suas fichas no iPad. A Fingertips e a Aorta são dois exemplos de empresas brasileiras especializada neste filão que estão prosperando nesta nova galáxia.
Com apenas dois anos de vida, a Fingertips se prepara para fechar 2010 com uma receita de R$ 4,5 milhões e 32 funcionários. Entre os clientes estão Amil, Itaú, CVC, Ponto Frio e NET.
A Aorta, cuja receita é superior a R$ 10 milhões, diz que a febre dos aplicativos para o tablet iniciou-se muito antes de ele ser lançado oficialmente no Brasil. “Nenhuma empresa quer ficar de fora”, afirma Antônio Carlos Soares, CEO da Aorta. A empresa tem entre os seus clientes Bradesco, Nike, Oi e Skol.
Nenhum outro setor como o de livros, revistas e jornais esperava com tanta ansiedade o lançamento do iPad e de outros tablets que virão a reboque. É fácil entender o interesse. As empresas do segmento apostam que será mais fácil convencer seus leitores a pagar por seu conteúdo nestas plataformas. Na semana passada, Richard Branson, fundador da Virgin, lançou a Project, revista mensal exclusiva para o tablet da Apple, focada em negócios, tecnologia e entretenimento.
A Project não conta com versão impressa ou site na web e custa US$ 2,99 por edição. O lançamento de Branson vem alguns dias após o anúncio de que o magnata da mídia Rupert Murdoch está trabalhando com Steve Jobs na criação do primeiro jornal exclusivo para tablets.
Embora ainda se saiba pouco sobre o tamanho desse mercado, é certo que todos querem participar. Observe o exemplo da gigante dos softwares Adobe, que andou se estranhando com a Apple, mas quer tirar sua casquinha do novo aparelho.
A empresa criou uma ferramenta para publicação de revistas digitais que funciona integrada ao InDesign, programa de editoração muito usado em redações de revistas e jornais. Um dos mais bem-sucedidos aplicativos para iPad, o da revista americana Wired, usou a ferramenta da Abobe.
“Nosso objetivo é facilitar essa transição do papel para o digital e permitir a convivência entre os dois ambientes”, explica Luis Maian, diretor de vendas da Adobe no Brasil. Palavras que são como música para os ouvidos do mercado editorial e tilintam como o som do dinheiro nos cofres da Apple.