02/05/2012 - 21:00
Quando deixou a presidência da empresa de telefonia celular Claro, em agosto de 2010, o empresário baiano João Cox concentrou seus esforços na busca de novos projetos por meio de seu recém-criado fundo de investimentos Cox Investments & Advisory. Desde então, apostou seu dinheiro em cinco projetos, como a RC Bikes, em associação com o ex-atleta olímpico português Mario Roma, que fabrica bicicletas cujo preço supera os R$ 20 mil. Cox, agora, volta às suas origens: o setor de telecomunicações. Através de seu fundo, ele está fazendo um aporte não revelado na Pligg, companhia que surge para disputar um quinhão na concorrida área de telefonia na internet, que tem competidores de peso como o Skype, da Microsoft.
Alô, alô: nova empresa de Cox (acima) quer pegar carona na expansão da banda larga.
“Está havendo uma revolução na telefonia com a transmissão de dados, mas ainda há resistência das empresas tradicionais com as novas tecnologias”, diz Cox. O Pligg é uma ideia do empresário Paulo Logemann, ex-diretor do grupo gaúcho SLC e atual presidente da nova empresa. Cox entrou na empreitada como investidor estratégico. O objetivo da dupla é faturar R$ 100 milhões no primeiro ano de operação. Para isso, 600 mil unidades do produto chegarão da China nas próximas semanas, onde são produzidos. O Pligg quer pegar carona no crescimento da banda larga no País, que se expande a uma taxa média anual de 20%. Em 2011, havia 16,5 milhões de conexões.
“A ideia é torná-lo a linha fixa principal das residências”, diz Logemann. Além do Skype, a companhia competirá também com os gigantes do mercado, como Oi, GVT, Vivo e NET. As quatro operadoras, por estratégia, vendem pacotes integrados, que incluem telefonia fixa, banda larga, celular e tevê por assinatura. Coisa que a Pligg não fará. Seu trunfo, na visão de Logemann, é oferecer um plano de valor fixo de R$ 28,90 por mês para falar ilimitadamente com telefones fixos e celulares, no Brasil e nos Estados Unidos, durante os seis primeiros meses, além de ser portátil.