06/05/2015 - 18:00
O explosivo e carismático chef de cozinha escocês Gordon Ramsay deu início à moda e hoje, nos canais de tevê paga, pode ser encontrada uma infinidade de programas que mostram como reerguer negócios problemáticos. De bares, a salões de beleza, de estúdios de tatuagens a confeitarias. Faltava, no entanto, quem olhasse para os pequenos negócios de setores menos acostumados aos holofotes, como as revendas de carros, as floriculturas e as empresas que vendem pipoca para parques de diversões. A partir da terça-feira 5, o canal de tevê por assinatura History traz ao Brasil um programa que preenche essa lacuna.
Batizado de “O Sócio”, a partir do título original The Profit (O lucro, em português), o programa apresenta um especialista na gestão de empresas, que entra como sócio em negócios em dificuldades para transformá-los em máquinas de fazer dinheiro. A estrela do reality show é o americano, nascido em Beirute, capital do Líbano, Marcus Lemonis, de 41 anos. “Não considero o programa como um entretenimento, mas sim educacional”, afirmou à DINHEIRO. “Sinto que o seu propósito é mostrar como fazer negócios e como não fazer, como tratar as pessoas e quais são os erros feitos por outros que podem ser evitados.”
Sobrevivente da guerra civil do país do Oriente Médio, Lemonis foi adotado, quando criança, por um casal de gregos que moravam em Miami. Para sua sorte, seu pai adotivo era amigo do lendário executivo Lee Iacocca, que comandou a Ford e a Chrysler, entre as décadas de 1970 e 1990, e que serviu como seu mentor de gestão. Na última década, Lemonis se tornou CEO da Camping World e da Good Sam Enterprises, especializadas em produtos e serviços para veículos recreativos, aqueles trailers e motorhomes muito utilizados nos EUA e Europa para viagens.
Ao mesmo tempo, Lemonis investiu em mais de 100 pequenas empresas promissoras, mas problemáticas. Foram essas credenciais que o levaram a apresentar o programa criado para a rede americana CNBC. “Tenho um apetite para riscos maior que o comum, porque acredito nas pessoas, que elas podem mudar e melhorar”, diz. Desde que o programa foi ao ar, em 2013, Lemonis já investiu mais de US$ 7 milhões de seu próprio dinheiro, uma fortuna avaliada em US$ 2 bilhões, em companhias apresentadas nos episódios.