Pizza é uma unanimidade, com  sua variedade de sabores e combinações praticamente ilimitada. O mesmo ocorre com os investimentos. O objetivo é sempre proteger e aumentar o patrimônio. O que muda é a forma, dependendo do perfil do investidor. Para ajudar na decisão, DINHEIRO pediu a profissionais do mercado que traçassem estratégias para investidores hipotéticos com R$ 500 mil para aplicar em 2012. 

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Foram traçadas estratégias pensando em um investidor com 35 anos de idade e dois filhos pequenos e outro, mais velho, com 50 anos e filhos financeiramente independentes. As recomendações foram feitas para três perfis: conservador (que não gosta de correr riscos), moderado (aceita o risco para garantir uma melhor rentabilidade) ou agressivo (gosta de correr risco e de ter a chance de ganhar mais). Confira as sugestões.

 

Cobertura para todos os gostos

 

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Edson Franco, superintendente de investimentos do Santander, sugere ousadia ao investidor mais jovem. Se o perfil for conservador, ele deve concentrar 85% em Certificado de Depósito Bancário (CDB) e 15% em fundos de previdência. O moderado deve aplicar 70% em CDB, 15% em previdência e 15% em ações. Se o perfil for agressivo, o investidor pode alocar 60% em CDB, 15% em uma previdência mais agressiva e 25% em ações. Para o investidor mais velho, com perfil conservador, as recomendações são 70% em CDB DI e 30% em previdência. Se o perfil for moderado, a sugestão é 60% em CDB, 30% em previdência moderada e 10% em ações. Para os agressivos, 50% em CDB, 30% em uma previdência com mais de 30% aplicados em bolsa e 20% em ações.

 

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Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae, sugere diversificar. Se o investidor de 35 anos tiver um perfil conservador, ele deve alocar 80% em renda fixa e 20% em renda variável, como fundos de ações. Se for moderado, a recomendação é 70% em renda fixa, 20% em renda variável e 10% em fundos imobiliários. Já para um investidor agressivo, ele sugere 30% em renda fixa, 40% em renda variável e 30% em fundos imobiliários. No caso do investidor mais velho, se  for conservador,  a recomendação é de que ele aloque 100% em renda fixa. Se for moderado, 80% na renda fixa, 10% em renda variável e 10% em fundos imobiliários. Se o perfil for agressivo, a receita ideal é 60% em renda fixa, 20% em renda variável e 20% em fundos imobiliários.

 

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Manuel Lois, da corretora Spinelli, recomenda uma carteira composta por títulos do Tesouro Direto e fundos imobiliários. Ele sugere que o investidor mais jovem conservador invista 30% em ações, 50% em renda fixa pós-fixada e Tesouro Direto e 20% em fundos imobiliários. Se o perfil for moderado, ele pode alocar 50% em ações, 30% em fundos de renda fixa pós-fixada e 20% em fundos imobiliários. E o agressivo: 80% em ações e 20% em renda fixa. Para o investidor de 50 anos conservador, a sugestão é alocar 20% em ações, 50% renda fixa pós-fixada e 30% em fundos imobiliários. Já o moderado pode investir 30% em ações, 50% em renda fixa pós-fixada e 20% em fundos imobiliários. Se ele for agressivo: 40% em ações, 40% em renda fixa pós-fixada e 20% em fundos imobiliários. 

 

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Pedro Galdi, analista da corretora paulista SLW, recomenda que o investidor de 35 anos coloque boa parte dos seus recursos em renda fixa prefixada, independentemente de seu perfil de risco. Para o jovem, de perfil conservador, o ideal é comprar títulos de renda fixa prefixados com prazo de maturação na faixa de 15 anos. O moderado deve apostar 50% em renda fixa prefixada e 50% em uma carteira de ações. Já para o investidor agressivo, ele sugere 30% em renda fixa prefixada e 70% em uma carteira de ações. Para o investidor de 50 anos, as recomendações são as mesmas. A única diferença é que, no caso do investidor de perfil conservador, o analista sugere que os títulos de renda fixa prefixada tenham prazo mais curto, na faixa de 10 anos, com prazo de maturação mais curto. 

 

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Pedro Paulo Silveira, da corretora paulista TOV, sugere que tanto o investidor mais jovem quanto o mais maduro de perfil conservador apostem 100% em fundos DI. No entanto, se o jovem tiver um perfil moderado, ele pode alocar 50% em um fundo DI e 50% em um fundo multimercado. Se o perfil for agressivo, Silveira recomenda investir 25% em fundos DI, 25% em ações, 25% em multimercados macro e 25% em fundos Long Short. No caso do investidor mais velho, se for de perfil moderado, Silveira recomenda 50% em fundos DI, 25% em fundos multimercados macro e 25% em Letras Financeiras do Tesouro (LFT). Se tiver um perfil agressivo, pode ir mais longe: 25% em fundos DI, 25% em ações, 25% em fundos multimercados macro e 25% em LFT.