21/08/2015 - 20:00
Junte em uma panela uma economia desaquecida, um banco com escala de gigante e uma pitada generosa de micro e pequenos empresários capazes de girar 27% do PIB nacional. Misture bem e deixe em fogo brando. O resultado pode ser uma oportunidade de negócios que consiga ajudar a combater a recessão e a vitaminar a área de cartões do Bradesco.
Na segunda-feira 24, o banco da Cidade de Deus, em Osasco, estreia um portal B2B (business to business) voltado a esse público, que promete vender produtos com descontos de até 40% em relação ao preço praticado no varejo. As empresas que usarem cartões do Bradesco podem obter preços ainda menores. Na prateleira do site de comércio eletrônico, que pode ser acessado no endereço www.bradescocartoes.com.br/empresas, estarão disponíveis aproximadamente 1.200 produtos, que vão desde celulares e smartphones, passando por eletrodomésticos e eletrônicos. No prazo de um ano, a estimativa é chegar a uma quantidade de 100 mil itens vendidos no portal, aumentando a competitividade e a eficiência das empresas participantes. “Vamos oferecer uma ferramenta inédita para que o pequeno empresário possa crescer”, diz Andréia Mariano, superintendente executiva da Bradesco Cartões. “No começo serão apenas produtos, mas vamos oferecer serviços em breve.”
Para conseguir preços mais em conta, a mágica está na escala e no conhecimento adquirido no portal ShopFácil, do Bradesco, voltado somente para pessoas físicas. Outro benefício refere-se aos impostos, que são menores no comércio eletrônico para empresas em relação ao varejo. A marca do Bradesco, que adquiriu o HSBC por R$ 17,8 bilhões, conta muito na empreitada. O banco tem uma carteira de 1,5 milhão de empresas cadastradas, que será encorpada, em breve, por outras 300 mil do HSBC. “O que queremos é ajudar nossos clientes em educação financeira e oferecer plataformas de novos serviços. No caso do pequeno e médio empresário, a ideia é fazer com que cresçam, ampliem seus negócios”, diz Andréia.
A executiva da área de cartões lembra que é muito comum, por exemplo, micro e pequenos empresários optarem por pagar suas faturas com o cartão da pessoa física, em vez de usar o da empresa, para acumular milhagens aéreas. “Ao fazer isso, esse comerciante perdeu uma oportunidade rara de um bom desconto”, diz Andréia. “E isto sem se desfazer da milhagem, que ele pode conseguir com o cartão empresarial adequado.”