Transformar o negócio em um meio para melhorar a sociedade, preservar o meio ambiente e levar bem-estar aos funcionários. Esse é um dos pilares do capitalismo consciente, modelo que ganha cada vez mais adeptos no Brasil e no mundo e que, segundo especialistas, ditará as regras para a sobrevivência das empresas no futuro. Em sintonia com essa transformação, a revista ISTOÉ promove o prêmio “As Empresas Mais Conscientes do Brasil”, que pretende revelar e reconhecer as companhias nacionais que melhor caracterizam essa tendência. 

 

97.jpg

 

 

“O capitalismo consciente representa uma profunda e necessária transformação na forma de se fazer negócios”, diz Caco Alzugaray, presidente executivo da Editora Três, que publica ISTOÉ. “As empresas que não se adequarem a essas mudanças provavelmente ficarão para trás.” Poderão participar do prêmio empresas de todos os portes (confira quadro). As inscrições ficarão abertas até o dia 10 de junho e deverão ser feitas no site www.empresasmaisconscientes.com.br. A organização será feita pela Report Sustentabilidade e a avaliação seguirá a metodologia do B Lab, organização americana dedicada a certificar empresas com práticas alinhadas ao capitalismo consciente. 

 

Desde 2007, o B Lab desenvolve os questionários que analisam as companhias em cinco dimensões: governança, modelo de negócios, relações com os funcionários, relações com a comunidade e meio ambiente. Os exemplos de corporações estrangeiras que já aderiram ao novo modelo de negócios mostram que não existe limite de tamanho ou tipo de operação na hora de contribuir para um mundo melhor. Empresas como a companhia aérea Southwest, a grife de roupas esportivas Patagonia e a varejista de produtos orgânicos Wholefoods ecoam os princípios do capitalismo consciente. 

 

O Brasil também já tem seus casos de sucesso. “Quando vamos lançar uma marca, pensamos no que ela pode trazer de conceitos e como contribui para mudanças de comportamento positivas”, afirma João Paulo Ferreira, vice-presidente comercial e de sustentabilidade da Natura, que mantém projetos pioneiros de apoio a comunidades extrativistas na Amazônia, entre outras iniciativas. Para o guru indiano dos negócios Rajendra Sisodia, fundador do movimento capitalismo consciente, as companhias devem assumir a responsabilidade de mudar as pessoas e a si próprias. “Muitas empresas estão começando a descobrir que devem aderir a uma abordagem diferente para o negócio, que se baseia na criação de valor em vez da exploração”, disse, em entrevista à ISTOÉ. 

 

98.jpg