No ano de 10.191, os computadores terão sido banidos, segundo o autor de Duna, Frank Herbert (1920-1986), sucesso atual nos cinemas. Como uma ficção-científica com naves espaciais não tem mais zeros e uns facilitando a vida? Bem, houve uma guerra entre a inteligência artificial e os seres vivos, e os últimos levaram a melhor. Mas chama a atenção o traje rústico que usam no deserto, algo que hoje poderia ser usado na Amazônia e em outros ambientes inóspitos.

Duas horas no árido chão de Arrakis e, sem água, você morre. Então o traje, na ficção, coleta toda secreção do corpo ­— suor, urina, fezes, gotículas da respiração — e transforma tudo em água potável, como uma destilaria.

O sistema de filtragem e troca de calor funcionaria graças ao movimento do corpo, basta esquecer um pouco as leis da termodinâmica. O traje foi feito por Jose Fernandez, que bolou a roupa do Batman em 1989 e desenhou os trajes atuais da Nasa.

Funcionaria? Bem, 50% do que os astronautas bebem na estação espacial vem de urina reciclada, e os outros 50%, do suor deles capturado do ar. Então…

(Nota publicada na edição 1247 da Revista Dinheiro)