22/05/2015 - 20:00
As duas partidas das finais da Copa do Nordeste, disputadas pelos times do Ceará e do Bahia, levaram aos estádios cerca de 100 mil torcedores, na última semana de abril. O jogo final, na arena Castelão, em Fortaleza, reuniu 63,9 mil enlouquecidos torcedores do Vozão, como é conhecido o Ceará. Foi o maior público futebolístico registrado no Brasil, em todas as divisões, desde a final da Copa do Mundo de 2014. A média de público da fase final do torneio é superior a 20 mil torcedores, maior do que a de todas as edições do Campeonato Brasileiro desde 1983.
Mais do que um sucesso de audiência, a Copa do Nordeste é uma goleada comercial. Criada no final dos anos 1990, o campeonato ficou inativo por mais de uma década. Ela voltou em 2013, organizada pela Liga do Nordeste, entidade que reúne os 15 maiores clubes nordestinos, com aval da CBF. A maior inspiração para sua realização é a Champions League, a copa dos campeões europeus. Tanto que o campeonato nordestino ganhou o apelido de Lampions League. A Liga do Nordeste, faturou, neste ano, R$ 20 milhões. “O povo do Nordeste se orgulha muito desse campeonato”, afirma Alexi Portela, presidente da Liga do Nordeste.
Os 20 clubes participantes não pagam nada para jogar. Até os deslocamentos são bancados pela Liga. O campeonato conta com apoio de empresas do porte de Caixa, Gillette, Penalty, Itaipava, entre outras. A fórmula para o sucesso é simples: jogos competitivos, regulamento justo e ações de marketing. “A competitividade atrai público”, afirma Sérgio Lopes, vice-presidente do Esporte Interativo, canal de tevê paga, que detém os direitos de transmissão do torneio, juntamente com outros três parceiros. “Como consequência, temos cada vez mais empresas interessadas em associar sua marca com a Lampions League.”