06/11/2015 - 20:00
Há duas maneiras de olhar o lucro líquido de R$ 5,945 bilhões divulgado pelo Itaú Unibanco no terceiro trimestre. Uma é observar o crescimento de 10% em relação ao mesmo período de 2014. Outra é considerar a queda de 0,65% em relação ao segundo trimestre de 2015. A justificativa é simples: a deterioração da economia reduziu o nível de emprego e os resultados das empresas, e elevou os níveis de inadimplência tanto para as pessoas físicas quanto no caso das empresas. Para os analistas, esse movimento deve voltar a surgir nas próximas divulgações de resultados do banco presidido por Roberto Setubal. Os investidores parecem não ter se preocupado com os prognósticos ruins. Em novembro, as ações subiram 8%, reduzindo a perda do ano para 5,3%.
Palavra do analista:
Segundo Tito Labarta, do Deutsche, apesar do cenário desafiador em relação ao crédito, as ações do Itaú Unibanco continuam sendo as preferidas do setor bancário brasileiro devido à capacidade de manter os custos sob controle e de melhorar a produtividade.
Varejo
Arezzo pisa mais longe
A calçadista Arezzo lucrou R$ 36 milhões no terceiro trimestre, uma alta de 7,4% em relação ao mesmo período de 2014, e acima dos R$ 33 milhões previstos pelos analistas. Apesar de as vendas pelo critério “mesmas lojas” terem caído 6,8%, o resultado foi beneficiado pela alta do câmbio. No ano, as ações recuam 17,9%
Touro x Urso
A bolsa iniciou o mês de novembro em alta. Nos três primeiros pregões do mês, a valorização acumulada do indicador foi de 4,7%, motivada principalmente pelo retorno do apetite dos investidores internacionais. Coincidência ou não, esse movimento ocorreu simultaneamente às declarações do empresário Abilio Diniz, que afirmou que os ativos brasileiros estavam baratos. No entanto, não há garantias que essa recuperação dos preços das ações seja duradoura. Uma elevação dos juros nos Estados Unidos poderá comprometer esse movimento e
zerar os ganhos.
Cartões
Faturamento da Cielo cresce 50,5%
A receita da processadora de transações financeiras Cielo cresceu 50,5% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2014, informou a empresa na quinta-feira 5. A empresa faturou R$ 2,9 bilhões e registrou uma geração de caixa de R$ 1,36 bilhão. No ano, as ações sobem 11,5%
Papéis avulsos
Lucro do BTG Pactual duplica
Depois de amargar alguns trimestres de resultados magros, o BTG Pactual, de André Esteves, parece estar voltando à velha forma. O lucro líquido do terceiro trimestre, divulgado na quarta-feira 4, foi de R$ 1,51 bilhão, um aumento de 96% em relação ao mesmo período de 2014, e 48% acima dos ganhos obtidos no trimestre anterior. Com isso, a rentabilidade patrimonial foi de 28,8% em relação ao patrimônio líquido médio. Os ganhos de tesouraria e commodities e o aumento da receita com administração de ativos explicam a melhora dos resultados. Após a consolidação do BSI, o BTG administra mais de R$ 650 bilhões em recursos de terceiros.
Logística
Ouro Verde acelera resultados
Uma das estreantes na bolsa, a empresa de gestão de frotas Ouro Verde divulgou, na quinta-feira 5, um faturamento de R$ 725,6 milhões nos nove primeiros meses do ano, alta de 22% em relação a 2014. A companhia paranaense ainda não vendeu ações no mercado.
Mercado em números
ENEVA
R$ 2,3 bilhões - Foi o aumento de capital da empresa de energia, a antiga MPX, de Eike Batista, obtida com a venda de 15,3 bilhões de ações
LINX
R$ 54 milhões - Foi o financiamento obtido pela empresa de software junto ao BNDES para investimentos no desenvolvimento de novos produtos
ELETROPAULO
R$ 5,2 milhões – Foi o prejuízo da empresa distribuidora de energia elétrica no terceiro trimestre, após registrar um lucro de R$ 130,6 milhões em 2014
DAYCOVAL
65,3% - Foi o aumento do lucro líquido do banco no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2014. Neste ano, o lucro do banco foi de R$ 85,6 milhões
TEGMA
R$ 5,1 milhões – Foi o lucro da operadora logística no terceiro trimestre, revertendo um prejuízo de R$ 27,7 milhões no mesmo período de 2014
