Ligue o computador e prepare a pipoca. O portal de internet Terra, que tem uma audiência de mais de 40 milhões de visitantes por mês, lança no final de novembro um serviço de venda e aluguel de filmes, séries, documentários e shows via download pago batizado de TerraTV Video Store. 

 

Há ainda a opção de assistir diretamente pela internet em um PC ou tevê, pagando uma assinatura. Com isso, o site passa a competir com Saraiva e NetMovies, que têm modelos similares no Brasil. “Podíamos ter entrado antes neste negócio, mas preferimos esperar o momento certo”, disse Paulo Castro, presidente do Terra, em entrevista exclusiva à DINHEIRO. 

 

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Paulo castro, do Terra: meta é conquistar um milhão de 
clientes para o novo serviço de venda de filmes online em 2011

 

Para o executivo, há uma conjunção de fatores que torna este o momento ideal para o lançamento de um serviço nos moldes do TerraTV Video Store no Brasil. O País tem aproximadamente quatro milhões de assinantes de banda larga com conexão acima de 2 Mbps, a velocidade mínima recomendada para usar o serviço. 

 

Esse seria o número inicial de potenciais clientes. Outra métrica é a quantidade de tevês conectadas à internet, estimada em cerca de 1,5 milhão, segundo informações dos fabricantes passadas ao presidente do Terra. 

 

Ele planeja fazer negócios com pelo menos um milhão de internautas pela Video Store durante o ano de 2011. Trata-se de uma meta agressiva, se comparada aos seis mil clientes conquistados pela Saraiva durante seu primeiro ano de operação. A NetMovies não divulga números.

 

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O otimismo justifica-se pelos parceiros da empreitada, os estúdios Disney, Warner e Paramount. Eles são donos de sucessos como Toy Story 3, A Origem, Harry Potter, Senhor dos Anéis e Piratas do Caribe. O Terra conversa também com Fox, Universal e Sony. 

 

O acervo total, no início da operação, deve superar os 3,5 mil títulos. Destes, 2,5 mil estarão disponíveis para ser assistidos diretamente pela internet no modelo de assinatura, que custará R$ 14,90 e dá acesso ilimitado ao catálogo. Mil deles serão comercializados apenas por download. 

 

Quem alugar, pagará até R$ 6,90. A venda sai por até R$ 34,90. A expectativa é de romper a marca de dez mil filmes no acervo até o final de 2011. “A única maneira de vencer a pirataria é com soluções criativas e modelos atraentes ao consumidor”, afirma Castro.