10/11/2010 - 21:00
A classe média já é a maioria da população e forma um mercado consumidor cobiçado, que estimula novos investimentos e atrai dinheiro do mundo todo. O futuro já começou.
Moeda forte
5,5% foi a queda do dólar americano diante do real em 12 meses, até 29 de outubro, para R$1,70. Motivo: o País atrai investimentos estrangeiros diretos ( que procuram ganhos diante do crescimento robusto da economia) e financeiros (que aprovam os juros mais altos)
US$ 10 Bilhões é quanto os turistas brasileiros devem gastar no Exterior a mais do que os estrangeiros devem gastar no Brasil este ano
US$ 280 Bilhões é o saldo das reservas internacionais do País. O maior da história
Comércio exterior
As exportações chegaram ao pico de US$ 198 bilhões em 2008. A crise global reduziu os embarques e os preços lá fora. Este ano, as vendas devem alcançar US$ 193 bilhões. As importações também cresceram e reduziram pela metade o saldo comercial, que chegou a US$ 46 bilhões em 2006. Mas o resultado ainda é positivo para o Brasil. Em 2010, o superávit comercial será de US$ 15,5 bilhões
Contas públicas
39,6% do PIB é a projeção oficial da dívida pública para 2010. Em 2002, primeiro ano do governo Lula, essa relação chegou a 60,6%. O endividamento caiu e o déficit público nominal também: saiu de 4,4% em 2002 para 1,9% em 2010
R$ 46 bilhões é a projeção do déficit da Previdência Social para 2010, causado principalmente pelas aposentadorias rurais. Nos benefícios urbanos, entra mais dinheiro di que sai: superávit de R$ 5,9 bilhões até agosto
Crédito
46,2 % do PIB é o volume total de crédito no País, que chegou a R$ 1,6 trilhão em agosto. Os empréstimos para a compra de automóveis e da casa própria para as pessoas físicas atingiram R$ 541 bilhões
Emprego
6,2% foi o índice de desemprego medido pelo IBGE em setembro, o menor da série histórica. Em 2003, era de 12,4%. Os novos empregos com carteira assinada devem passar de 2,2 milhões em 2010, estima o Ministério da Fazenda.
36% dos domicílios no Brasil têm computador e 27% deles têm acesso à internet. o índice de conectividade da população é maior quando se leva em conta a utilização de computadores nas empresas, nas lan houses e nas escolas.
3,4 milhões é a produção prevista de veículos automotores no Brasil este ano, segundo a Anfavea
Classe média
103 milhões de brasileiros já são da classe C. Desde 2002, cerca de 25 milhões subiram para o centro da pirâmide social. Em 2010, o poder de consumo das classes C e D (59% da massa de renda) supera o das classes A e B (40%)
Pobreza
4% é a população que vive em extrema pobreza. Antes do Bolsa Família, programa que benficia 49 milhões de pessoas, esse índice era três vezes maior: 12 %
Salário mínimo
R$ 510 por mês é o valor do salário mínimo em 2010. Medido em dólares é o maior valor real dos últimos 20 anos. A política de aumentos reais do mínimo explica parte da ascensão social das classes D e E
E o Brasil que ela pode deixar…
Inúmeras variáveis nacionais e estrangeiras podem influenciar a gestão econômica e social do governo de Dilma Roussef até 2014, para o bem ou para o mal. A maioria dos analistas prevê uma continuidade dos avanços, com a melhoria gradual dos indicadores. A seguir, as projeções oficias (com a fonte citada) e do Banco Santander (as demais).
Moeda forte
R$ 2,05 poderá ser a cotação do dólar no final de 2014
US$ 167 bilhões em investimentos diretos estrangeiros serão atraídos pelo Brasil de 2011 a 2014. A média anual será de US$ 41,8 bilhões acima dos US$ 32 bilhões recebidos nos último quatro anos
Comércio exterior
As exportações do Brasil devem crescer 18% no ano que vem e 10% ao ano nos seguintes. Com isso atingirão US$ 319 bilhões em 2014 e US$ 466,3 bilhões em 2018. As importações irão aumentar quase 30% no primeiro ano do governo acomodando-se em 10% ao ano nos anos seguintes. Com isso, chegarão a 311 bilhões em 2014 e a US$ 457 bilhões em 2018. O superávit da balança comercial será mantido, mas em nível menor, entre US$ 7 bilhões e US$ 9 bilhões ao ano
Contas públicas
A dívida líquida do setor público continuará em queda como proporção do PIB, estabilizando-se em tono de 36,5% de 2012 em diante, segundo Santander. Para o Banco Central, atingirá 27,8 bilhões do PIB em 2014. Receitas e despesas estarão equilbradas em 2014 e o déficit nominal poderá sair de 1% do PIB para 0% em 2014, segundo o Ministério da Fazenda
0,5% do PIB é quanto pode crescer a fatia do investimento público em quatro anos, saindo de 3,3% para 3,8%, segundo o Ipea
Risco País
200 Pontos base é o nível em que o risco-país deve se manter até 2015. Isso representa um custo de captação no Exterior de dois pontos percentuais acima dos juros dos títulos do Tesouro dos EUA
6,9% é o patamar da taxa de desemprego medida pelo IBGE esperada para os próximos quatro anos, em relação à população economicamente ativa. O crescimento sustentado do PIB deve gerar os postos de trabalho necessários para a população que atinge a idade produtiva e o crescimento da massa salarial deve sair de 2,2% em 2011 para 4% em 2014
R$ 5,2 Trilhões poderá ser o valor nominal do PIB em 2014, o equivalente a US$ 2,6 trilhões
199,5 milhões de habitantes será a população em quatro anos
6 milhões de veículos. É quanto as montadoras poderão produzir anualmente em 2014. A atual capacidade instalada é de é 4,2 milhões, mas há US$ 12 bilhões em investimentos anunciados para os próximos três anos
Classe média
153 milhões de pessoas serão das classes C e D em 2014. A população deve continuar a subir na pirâmide social, segundo as projeções do IBGE, da FGV e da consultoria LCA
Crédito
R$ 2,754 trilhões deve ser a carteira total de crédito em 2014. É um crescimento de 74% sobre o volume atual, para 52,7% do PIB