29/10/2010 - 21:00
A Souza Cruz nomeia seu sistema de distribuição de cigarros ponto a ponto de “beija-flor” – feito para atender desde grandes redes até os menores varejos do País. Trata-se de uma operação complexa que tornou a Souza Cruz referência nesse segmento de logística. A empresa conta com uma frota de cerca de três mil veículos, incluindo mil vans e 200 caminhões, todos equipados com rastreador e telemetria.
A segurança, assim como o desempenho e a robustez dos veículos, é uma preocupação permanente. “A quase totalidade dos nossos acidentes está no campo, no trânsito. Por isso, criamos o Paz – Programa de Acidente Zero, que desde 2006 reduziu em 36% o número de acidentes. E não tivemos nenhum acidente com vítima este ano”, comemora Elfio de Carvalho Neto, gerente de Transportes da Souza Cruz.
Depósito da souza cruz: a empresa chega a 250 mil pontos de venda em todo o Brasil
Esse resultado foi alcançado com mudanças no treinamento dado anualmente para todos os quatro mil motoristas. “Adicionamos vídeos e dinâmica de grupo, dentro de um programa especial montado para motivar o grupo. O objetivo é conscientizar o motorista da importância da segurança para a sua qualidade de vida e para a sua família. Está dando certo”, afirma.
A estrutura da Souza Cruz é composta por sete centros nacionais de distribuição e vários centros operacionais menores, formando uma rede capilar que tem na ponta cerca de 250 mil pontos de venda. “Todos eles têm de ser abastecidos regularmente para que não falte produto no mercado. É um trabalho feito com controle forte em todo o processo”, explica o executivo.
O roubo é um problema enfrentado diariamente pela indústria de cigarros. Os mesmos veículos que fazem a entrega recebem o pagamento, grande parte em dinheiro vivo, transportado em cofres especiais. No entanto, o alvo mais visado é a carga, de fácil comercialização.
O contrabando, a falsificação e a sonegação são outros desafios desse mercado. Empresas legalizadas como a Souza Cruz são obrigadas a enfrentar a concorrência desleal de produtos sem nenhum tipo de controle, vendidos por preço 50% inferior no mercado.