Em um ano ainda marcado pela pandemia, o laboratório brasileiro Eurofarma definiu uma autêntica operação de guerra para atravessar (e crescer) na tempestade de 2021. Sob comando do presidente Maurizio Billi, a empresa faturou R$ 8,3 bilhões no período, alta de 23% sobre o ano anterior. O desempenho recorde se deve, segundo o executivo, à estratégia adotada da porta para dentro. “Somos uma empresa de saúde e nossa missão foi levada ao extremo durante a pandemia”, afirmou Billi.

Segundo ele, a companhia — vencedora da categoria Farmacêutico, Higiene e Limpeza do anuário AS MELHORES DA DINHEIRO 2022 — revisou projetos para manter a operação a todo vapor e driblar as adversidades, especialmente com a desvalorização do real frente ao dólar e com a falta de insumos. A Eurofarma avançou nas ferramentas e plataformas digitais, garantindo o atendimento e apoio aos profissionais de saúde. Como provedor de medicamentos essenciais, o laboratório manteve a equipe engajada e ainda mais valorizada, segundo Billi. “Fomos extremamente demandados e desafiados, colocamos à disposição em tempo recorde os recursos necessários na busca de novos fornecedores, nas estratégias de suprimentos e na ampliação de nossa capacidade de produção para os itens essenciais de combate à Covid.”

Maurizio Billi. Empresa: Eurofarma. Cargo: Presidente. Destaques da gestão: Aprimoramento dos processos de produção para ampliar a capacidade de distribuição de medicamentos durante a pandemia. (Crédito:Divulgação)

Além de contribuir no enfrentamento à pandemia com a produção de medicamentos, a empresa destinou mais de R$ 80 milhões em ajuda humanitária, com atuação em basicamente quatro frentes: apoio financeiro a instituições de saúde, doação de medicamentos, de cestas básicas, de equipamentos de proteção individual e álcool em gel. A empresa também desenvolveu parcerias importantes com startups e healthtechs, além do compromisso firmado com a Pfizer/Biontech para produção da vacina contra a Covid.

Apesar da bem-sucedida estratégia durante a pandemia, Billi não considera uma batalha vencida. Altamente dependentes da importação de insumos, a crise global intensificada no pós-pandemia e a guerra da Ucrânia têm afetado demais a empresa e o setor. “Ainda assim, mantivemos a liderança na prescrição médica, com 9,6% de todas as receitas captadas no País, e seguimos avançando em todas as nossas operações e segmentos, com destaque para as linhas Momenta e os Genéricos”, disse o presidente. Um dos pilares da companhia nos últimos anos tem sido o lançamento de produtos e a internacionalização.

Atualmente, 18% da receita vêm de outros países (a empresa tem operação própria em mais de 20 mercados).
Além disso, em ESG, se destaca a primeira emissão de debêntures atreladas a metas socioambientais (aumento da participação de produtos com conceitos de sustentabilidade, com o selo +Verde, e número de mulheres na Força de Vendas) e, ainda sobre este tema, a Eurofarma mantém metas corporativas ESG com impacto no bônus dos executivos. “Listamos a empresa na bolsa, mantendo o capital fechado, e pela primeira vez preenchemos o Informe Código Brasileiro de Governança Corporativa, reforçando nosso compromisso com o longo prazo e nossa governança”, afirmou Billi.