30/10/2015 - 20:00
O mercado de refrigerantes está em transformação. Nos últimos quatro anos, o consumo da bebida gaseificada vem caindo, dando lugar a opções mais saudáveis, como água mineral e sucos. A participação dos refrigerantes no volume anual de bebidas consumidas no Brasil passou de 56,1%, em 2011, para 44,7%, no ano passado. O consumo per capita caiu 7,5%, no mesmo período. O movimento é mais intenso entre o público jovem. Nessa faixa, há uma preferência por bebidas consideradas “úteis”, como energéticos e isotônicos.
No primeiro caso, o consumo por habitante mais do que dobrou nesse período, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas. Apesar do cenário desafiador, a Companhia Paraense de Refrigerantes (Compar), bicampeã do ranking setorial de AS MELHORES DO MIDDLE MARKET, segue firme na sua meta de dobrar de tamanho até 2020. Maior distribuidora da Coca-Cola no Pará e uma das principais engarrafadoras na região Norte, a Compar anda na contramão do mercado. No ano passado, a empresa faturou R$ 480,4 milhões, crescimento de 11,8% em relação a 2013. A relação do grupo com a Coca-Cola começou na década de 1970.
E, desde então, as duas empresas andam de mãos dadas, pegando carona no crescimento uma da outra. O ritmo de aumento da receita, na casa dos dois dígitos, é constante desde 2011. Levando em consideração que seu mercado é restrito, pois ela não pode fazer negócios fora do Pará, por questões contratuais com a Coca-Cola, trata-se de um desempenho invejável. A evolução da companhia espelha um processo de reestruturação contínuo instituído pelo controlador da Compar, o Grupo Simões, um dos maiores conglomerados empresariais da região amazônica brasileira e do próprio País. Suas 21 empresas geram um faturamento de R$ 2 bilhões por ano.
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