É finalzinho de tarde em Pirapora, cidade mineira a 340 km da capital, e o Benjamim Guimarães vai partir. A embarcação, a única a vapor em todo o mundo, soa o apito para avisar que a viagem pelo Rio São Francisco está para começar. O passeio é, sem dúvida, o grande cartão postal do município, mas Pirapora tem algo mais. A cidade é referência em metalurgia e endereço de diversas empresas do setor – entre elas a Liasa Ligas de Alumínio. Fundada em 1966, a companhia produz silício metálico, matéria-prima essencial na indústria farmacêutica (é a partir dela que se chega ao silicone), assim como no segmento de eletrônicos, na confecção de semicondutores.

Apesar da seca que maltratou a região no ano passado, prejudicando o fornecimento de energia às metalúrgicas locais, a Liasa, vencedora do ranking setorial de AS MELHORES DO MIDDLE MARKET, conseguiu ampliar sua receita em 74%, fechando o ano de 2014 com R$ 413 milhões. A explicação para o bom resultado vem de fora: a alta do preço do silício metálico no mercado internacional favoreceu as empresas do setor. Além disso, a Liasa exporta grande parte de sua produção, o que, com o dólar valorizado, implica em uma receita ainda mais generosa.

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