O jovem empresário Alexandre Lafer Frankel, 34 anos, dono da incorporadora e construtora Vitacon, comemorava na quarta-feira 11, a venda da última unidade de um empreendimento na Vila Olímpia, bairro com forte concentração de empresas, em São Paulo. Motivo da comemoração: durante a comercialização, o empreendimento atingiu o pico histórico de preço na região, com R$ 13,7 mil por metro quadrado, contra uma média de R$ 9 mil das demais incorporadoras, no bairro. Foi o 14o empreendimento da Vitacon, que desde 2009 acumulou uma carteira de imóveis de R$ 700 milhões. Para 2012, serão 12 novos lançamentos, com valor geral de vendas de R$ 480 milhões. O segredo para as boas vendas está no conceito que o empresário adotou para o seu negócio. “Propomos a troca de espaço por qualidade de vida”, afirma Lafer Frankel. 

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Bem encaixado: a Vitacon, de Lafer Frankel, chega ao 14o empreendimento

sem fazer dívidas.

 

São apartamentos pequenos, entre 30 e 60 metros quadrados, construídos perto de estações de metrô e trem. Para tornar a pequena metragem aconchegante e atraente, a empresa utiliza técnicas de otimização dos espaços copiadas da montagem de barcos e aviões – como a localização da cozinha embaixo da escada. Todos os seus prédios estão em bairros badalados de São Paulo em que os terrenos disponíveis são raros e custosos. O próprio Lafer Frankel vive de acordo com esses princípios. O escritório da empresa, na avenida Faria Lima, fica a 200 metros do metrô. “Não tenho carro e minha carteira de motorista venceu há oito meses”, afirma o empresário, que carrega um sobrenome conhecido no mundo dos negócios, de uma das famílias fundadoras do grupo Klabin. Seu ramo familiar investiu em outros negócios. 

 

Seu avô materno fundou a fabricante de móveis Interdomus Lafer e começou a fazer a incorporação de imóveis na região dos Jardins. Já o pai, Abrão Frankel, era dono da construtora Reid Construções, na qual Lafer Frankel trabalhou. A Vitacon nasceu com um investimento de R$ 50 milhões para construir um prédio residencial. O projeto resultou em R$ 150 milhões de vendas, o suficiente para financiar as novas empreitadas. “Não temos nenhum endividamento”, diz Lafer Frankel. A margem líquida de rentabilidade, em 2011, foi de 46%. Na comparação, esse índice supera até o da Eztec, a incorporadora de maior sucesso dentre as construtoras listadas na Bovespa, que registrou 44,2% de rentabilidade em 2011.

 

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