Na hora de abastecer o carro, a dúvida de qual combustível escolher é recorrente para a grande maioria dos brasileiros. Por um lado, a gasolina oferece maior autonomia. Ou seja, é possível rodar mais quilômetros por litro. De outro, o etanol propõe maior octanagem (que resulta em maior potência), mais limpeza ao motor e menor emissão de gases de efeito estufa. Nos últimos meses, o debate em torno dos combustíveis ficou ainda mais complexo. Isso porque o Brasil, maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, começou a intensificar sua produção de etanol a partir do milho, algo que os Estados Unidos já fazem há décadas e que sempre foi criticado por aqui. A primeira usina (foto em destaque abaixo) foi inaugurada em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, em agosto. Os defensores da ideia alegam que muitas fazendas do Estado cultivam milho e não conseguem vender a produção em decorrência dos altos custos de transporte até os portos. Mas a crítica é que a cana é mais produtiva para a conversão de açúcar em combustível, e que não representa concorrência significativa para a produção de alimentos. Confira, ao lado, a comparação entre o etanol de milho e de cana:

(Nota publicada na Edição 1036 da Revista Dinheiro)