Foi como regressar ao Olimpo. Na quarta-feira (24), a Meta voltou a ter valor de mercado acima do US$ 1 trilhão, com seus papéis vendidos a US$ 390 – na quinta-feira (1) estavam em US$ 399 (com valor de mercado de US$ 1,027 trilhão). Uma conquista e tanto, já que há mais de dois anos a empresa havia descido para um vale, com suas ações caindo para o fundo do poço no fim de outubro de 2022, quando foram vendidas na casa dos US$ 90. A companhia fundada e comandada por Mark Zuckerberg havia chegado pela primeira vez ao clube do trilhão em junho de 2021, ainda sob o nome Facebook, mas desde então se desvalorizou. A virada aconteceu a partir do anúncio de reestruturação da gigante, que incluiu o corte de 11 mil pessoas em novembro de 2022 e de outras 10 mil a partir de março do ano passado. Os últimos dois anos foram particularmente desafiadores para a Meta, devido à piora das condições econômicas e ao aumento dos juros nos Estados Unidos a partir de meados de 2022. Para a empresa de Zuckerberg, o período foi ainda mais complicado, começando pela mudança de nome de Facebook para Meta, refletindo o novo foco da empresa no Metaverso, o que num primeiro momento não emplacou. No restrito clube do trilhão de dólares das corporações negociadas nos EUA a liderança (na manhã de quinta-feira, 1) é da Aramco (US$ 7,5 tri), seguida pelas techs: Microsoft (US$ 3,014 tri), Apple (US$ 2,860 tri), Alphabet (US$ 1,773 tri), Amazon (US$ 1,629 tri), Nvidia (US$ 1,529 tri) e Meta.

Na surdina, Apple investe em IA

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Reportagem veiculada pelo Financial Times afirma que a Apple está desenvolvendo seus próprios modelos de linguagem avançados, semelhantes à tecnologia por trás de produtos de IA generativa, como o ChatGPT da OpenAI. A companhia tem intensificado suas iniciativas em inteligência artificial (IA) de forma discreta, realizando uma série de aquisições, contratações de talentos e atualizações de hardware com o objetivo de integrar a IA à próxima geração de iPhones. Somente em aquisições foram 21 empresas desde o início de 2017, de acordo com uma pesquisa da PitchBook. A gigante tem mantido seus planos de IA em sigilo, ao contrário de seus concorrentes, como Microsoft, Google e Amazon – para muitos, ela saiu atrás nessa corrida e agora tenta recuperar terreno.

Elevenlabs, o mais novo unicórnio

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Apesar das críticas às práticas de deepfake, a ElevenLabs, startup que emprega inteligência artificial para criar e reproduzir vozes de indivíduos, acaba de se tornar o mais recente unicórnio do mercado. Com sedes em Londres e Nova York, a empresa recebeu a mais recente rodada de financiamento da Série B, que atingiu US$ 80 milhões, aumentando seu valuation para mais de US$ 1 bilhão. Com isso, o financiamento total acumulado pela ElevenLabs atinge US$ 101 milhões. Segundo a companhia, ela “cria o áudio de IA mais realista, versátil e com reconhecimento contextual, proporcionando a capacidade de gerar fala em centenas de vozes novas e existentes em 29 idiomas” (incluindo o português). De acordo com Piotr Dabkowski, cofundador e CTO da ElevenLabs, esses recursos serão direcionados para manter a liderança competitiva da empresa.

Restrições no Instagram

A Meta, empresa por trás do Facebook e Instagram, anunciou que está intensificando as restrições em contas de adolescentes em suas redes sociais com o objetivo de fortalecer a proteção contra conteúdos considerados prejudiciais para a saúde mental. A empresa vai ocultar resultados de busca relacionados a temas como suicídio, automutilação ou transtornos alimentares e direcionar os jovens para serviços especializados de apoio. Essa atualização na política da empresa surge em meio a um processo judicial motivado por mais de 40 estados americanos, que acusam o Instagram de “prejudicar a saúde mental dos jovens”. As mudanças anunciadas pela Meta serão implementadas nos “próximos meses”. Mas a decisão tem mais a ver com a pressão que a empresa sofre no Congresso americano.