02/09/2011 - 21:00
A SeaWorld Parks & Entertainment, empresa que opera dez parques nos Estados Unidos, se tornou conhecida mundialmente por espetáculos nos quais golfinhos, focas e baleias amestrados executam manobras espetaculares a um simples comando do treinador. São exibições desse tipo que atraem cerca de 23 milhões de pessoas para os parques a cada ano e rendem cerca de US$ 1,75 bilhão, apenas com a cobrança de ingressos. Com o agravamento da recessão na Europa e no Japão, a empresa decidiu ampliar seus esforços para atrair turistas de outros cantos do mundo.
E começou exatamente pelo Brasil. Há duas semanas, Jim Atchison, presidente mundial da SeaWorld Parks, desembarcou por aqui. Durante três dias, ele conversou com dirigentes de operadores de turismo e executivos de companhias aéreas. O périplo incluiu uma visita ao escritório de negócios da Embaixada dos Estados Unidos, em São Paulo, onde defendeu o fim da obrigatoriedade de visto prévio nas viagens entre os dois países. “O Brasil possui uma das economias mais vibrantes do mundo e temos de facilitar o intercâmbio de turistas entre os dois países”, disse à DINHEIRO.
Turismo: Atchison defende o fim da obrigatoriedade do visto para brasileiros entrarem nos EUA
Atchison não está gastando sola de sapato à toa. Todo esse esforço tem uma explicação. Em 2010, o fluxo de brasileiros aos parques da empresa avançou 14,4%. Essa taxa é inferior somente à dos chineses, com 25,1%. Para fazer o negócio crescer, ele desenhou um plano que prevê a ampliação dos domínios da SeaWorld. Os recursos virão do Blackstone Group, gigante americano que administra centenas de bilhões de dólares em fundos e que assumiu a rede por US$ 2,7 bilhões, em 2007. Sua meta é transformar o SeaWorld em uma plataforma de entretenimento capaz de produzir conteúdo para tevê, cinema e internet. O primeiro projeto é o documentário Turtle: the incredible journey, lançado, recentemente, nos EUA. Outra ambição de Atchison é instalar filiais dos parques além das fronteiras dos EUA. Os locais serão escolhidos segundo três critérios: existência de uma ampla classe média, clima agradável e ambiente de negócios favorável à iniciativa privada. O Brasil está nessa lista? “O Brasil é um dos mercados que estamos olhando mais de perto”, afirma.