15/05/2015 - 20:00
O otimismo está voltando. Em Londres, na terça-feira 12, o ministro da Fazenda Joaquim Levy já havia ‘vendido’ o Brasil a 300 investidores brasileiros e britânicos, com um discurso que apresentava o País como destino confiável para investimentos estrangeiros. No dia seguinte, em Nova York, foi a vez do governador Geraldo Alckmin ‘vender’ São Paulo, horas após uma noite de gala no hotel Waldorf Astoria. O jantar black tie, na véspera, reuniu alguns dos maiores banqueiros e empresários nacionais, que despontavam entre 1.500 convidados que pagaram US$ 1 mil por cabeça para aplaudir os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Bill Clinton agraciados com o prêmio Person of the Year, pela Brazilian American Chamber of Commerce.
Presentes e vestidos a rigor estavam nomes como Pedro Moreira Salles, Roberto Setubal, Luiz Trabuco, André Esteves, José Olimpio Pereira, José Cutrale e Rubens Ometto. Na manhã de quarta-feira 13, o Harvard Club, na rua 44, estava lotado às 7h30. “Perdoem o horário de leiteiro”, brincou o anfitrião João Doria Jr, presidente do Lide, que recebeu 376 empresários brasileiros e americanos no seminário Lide Business Meeting. O governador Alckmin falou de oportunidades de investimentos oferecidas por São Paulo. Animado com o empréstimo de R$ 156 milhões, assegurado dois dias antes em Washington, pelo Banco Mundial, o governador paulista lembrou que o PIB do Estado triplicou em 12 anos e que a dívida pública encolheu 40%.
A apresentação de Alckmin foi seguida por depoimentos otimistas de 10 empresários brasileiros. José Cutrale, do grupo Cutrale, foi aplaudido de pé ao lançar uma mensagem de confiança. “A gente sabe que não é a primeira vez que passamos por crises no Brasil”, disse. “E vamos atravessar mais esta.” A fila de depoimentos de quem ajuda a engordar o PIB brasileiro impressionava. José Auriemo Neto enumerou os investimentos da JHSF no Brasil e nos Estados Unidos. Sylvia Coutinho, do banco UBS, ressaltou que o mercado brasileiro de gestão de ativos é o sexto do mundo. Rubens Ometto, da Cosan, enfatizou o ambiente favorável de segurança jurídica no Estado. Ao final, FHC endossou o otimismo reinante: “As dificuldades devem servir de estímulo para encontrar saídas. Apesar das críticas que faço, continuo sendo muito crente no País.”