24/03/2023 - 2:00
Turbinar os negócios em um ambiente de volatilidade e incertezas não depende apenas de crescimento econômico, de governos ou da sorte. Depende de gestão. Prova disso é o levantamento da Mid by Falconi, vertente de médias empresas da consultoria Falconi, junto a seus 130 clientes.
No ano passado, as empresas atendidas pela Mid — todas com faturamento anual de R$ 5 milhões a R$ 300 milhões — cresceram 8,9%, em média. No geral das empresas brasileiras de médio porte a expansão foi de apenas 2%, segundo pesquisa da plataforma Omie. Como comparação, o PIB de 2022 ficou em 2,9%, pelos cálculos do IBGE.
Na avaliação do executivo Rafael Silveira, cofundador e diretor da Mid by Falconi, tão essencial quanto mirar no crescimento de receitas, as médias empresas precisam buscar operações mais rentáveis. “O maior problema delas é o baixo nível de profissionalização, o que leva a tomada de decisões desestruturas e motivadas apenas por ‘feelings’”, afirmou Silveira, à DINHEIRO. “Quando o cenário macroeconômico é favorável, uma boa gestão potencializa os resultados.
Em um cenário adverso, como o que estamos atravessando, ajuda na sobrevivência.” Para 2023, a conjuntura global demanda ainda mais atenção dos donos e gestores das médias empresas. Isso porque a escassez de crédito — gerada pelos juros altos e aversão dos bancos ao risco — impõe um adicional de dificuldade a esse perfil de empresa, que responde por 25% a 30% dos carimbos nas carteiras de trabalho no Brasil.
“Quem está endividado, nesse cenário adverso ao crédito, tem um problemão. Terá de reperfilar a dívida, renegociar prazos e controlar a alta da despesa financeira”, disse. Para que as médias empresas continuem a gerar grandes negócios.
(Nota publicada na edição 1317 da Revista Dinheiro)