Empreendedor

 

Desde que vendeu o grupo de escolas de idiomas Multi para a inglesa Pearson, por R$ 1,7 bilhão, em dezembro do ano passado, o empresário Carlos Wizard Martins não para de receber e-mails. As mensagens incluem desde bancos, que querem aplicar a dinheirama, até empreendedores propondo novos negócios ao bilionário paulista. Mas Martins avisa: ele não pretende tocar em sua fortuna no curto prazo. Neste ano, vai aproveitar para tirar um ano sabático e melhorar os seus conhecimentos de mandarim. Tanto, a propósito, que até contratou a personal teatcher Nicole Costa (na foto acima). Daqui a um ano, no entanto, Martins estará de volta à ativa. “Vou investir na área de franquias, em que tenho bastante experiência”, afirma. Por contrato, ele não pode atuar na área de educação pelos próximos três anos. 

 

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Frase da semana


“Temos um volume de incertezas muito grande e, como isso convergiu no começo do ano, vira profecia que se autoconfirma”

José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados e ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda no governo FHC

 

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Sucessão


Em família

 

O americano John A. Davis, professor da Harvard Business School, classificou a troca de comando no grupo gaúcho RBS como um exemplo de um equilíbrio entre governança e compromisso dos líderes da família. Para Davis, Nelson Sirotsky, que passou a presidência do grupo para o sobrinho Eduardo Melzer, em 2012, soube conduzir o processo sem que a RBS perdesse o “seu foco incansável no negócio”. 

 

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Ações


A gangorra da BRF

 

A entrada do fundo Tarpon e do empresário Abilio Diniz, ex-Pão de Açúcar, no comando, provocou um salto no valor das ações da BRF. Em abril do ano passado, quando Diniz assumiu a presidência do Conselho de Administração, os papéis, que estavam cotados a R$ 44,32, na Bovespa, dispararam até chegar a R$ 58,45, no dia 11 de setembro. Depois disso, entraram em queda, fechando na última semana de fevereiro a R$ 40,06. O mau humor do mercado acionário e a concorrência mais forte da Seara, hoje nas mãos da JBS, ajudam a explicar a descida da gangorra.

 

 

 


Pet-foods


A fábrica verde da Mars 

 

A filial brasileira da Mars vai investir R$ 140 milhões numa nova fábrica de alimentos para pets, no município de Ponta Grossa, no Paraná. A unidade será a primeira a receber o certificado LEED, principal diploma ambiental para edificações, utilizado em 143 países. Cerca da metade do terreno de 300.000 m² será preservada como área verde. Na fábrica serão produzidas as rações Pedigree, para cães, e Whiskas, para gatos.

 

 

 

 

Casa


Decoração bilionária 

 

Nada menos de US$ 3 bilhões é o volume de negócios a ser gerado pela 480 Gift Fair e pelo o 170 Salão Internacional de Decoração, Artesanato e Design, marcados para o período de 10 a 13 de março, em São Paulo. Os dois eventos contarão com 700 expositores, espalhados por uma área de 70 mil m2, no Expo Center Norte. Durante os quatro dias de duração das feiras, são esperados 65 mil profissionais da chamada moda casa.

 

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Tecnologia


A nova marca do Unicoba

 

O grupo paulistano Unicoba, representante no Brasil de marcas como Polaroid e Alpine, investiu R$ 5 milhões para lançar a Link One, comercializadora de equipamentos voltados à internet, como roteadores e modems. Criado em 1973, e com faturamento de R$ 600 milhões em 2013, o grupo quer se transformar, com a nova marca, em uma referência no mercado de conectividade. Com unidades no Amazonas, na Bahia, em Minas Gerais, São Paulo e Seul, o Unicoba também atua nas áreas de energia, LED e serviços. 

 

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Caminho das Índias

 

A subsidiária brasileira da GE Healthcare vai começar a exportar equipamentos de hemodinâmica (monitores para exames de cateterismo) para a Colômbia e para a Índia. “Para a Índia enviamos um aparelho em agosto, como teste”, diz Daurio Speranzini Jr, vice-presidente comercial da GE Healthcare, que antes ocupou a mesma posição na companhia americana rival Philips. “Agora, firmamos um contrato de dez unidades.” Para a Colômbia, o projeto ainda é piloto e por isso serão poucas unidades embarcadas. “Mas é apenas o início da jornada de exportações”, pondera Speranzini Jr.

 

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Investimentos


Pessimismo global

 

Pesquisa conduzida pela consultoria americana Grant Thornton com 3.500 executivos do G7 (EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) e dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul ) mostra que 42% dos entrevistados apontam as incertezas econômicas como o principal fator de retração em seus planos de expansão, em 2014. Ainda segundo o levantamento, dois em cada cinco empresários não estão confiantes no potencial de retorno para os investimentos neste ano.

 

 

 


Finalmente, Roberto Jefferson foi para a prisão

 

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Imóveis


Aposta redobrada

 

Avessa aos holofotes, a Paladin Realty Partners, baseada em Los Angeles, nos EUA, já aplicou mais de US$ 2,5 bilhões no mercado imobiliário residencial brasileiro. Segundo seu diretor- geral, Ricardo Raoul, a empresa, que conta com 55 projetos em execução, com foco nos consumidores de classe média, vai investir mais US$ 500 milhões nos próximos dois anos, no País. A companhia detém 40% do capital da Viver (antiga Inpar) e uma participação relevante na You, Inc, do em­pre­­sário Abrão Muszkat, ex-Even. “O déficit habitacional de seis milhões de residências nos faz continuar otimistas em relação ao mercado brasileiro”, afirma Raoul.

 

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Fitness


Saúde é o que interessa

 

Um dos maiores fabricantes de equipamentos para academias de ginástica do mundo, a taiwanesa Johnson Matrix Fitness, está desembarcando no Brasil. Na semana passada, foi inaugurada sua loja-conceito, com 500 m2 de área, na avenida Cidade Jardim, em São Paulo. Para comandar as operações no País, a Johnson contratou o executivo Augusto Anzelotti, que durante sete anos trabalhou para a rival Life Fitness. “Até o final de 2015, pretendemos abrir 20 lojas pelo sistema de licenciamento”, diz Anzelotti. Segundo o executivo, que trabalhava com o Rei Pelé ao ser recrutado pelos taiwaneses, o franqueamento não está descartado. 

 

 

 


Negócio enguiçado


Quem quer ficar com a OGX?

 

A OGX (atual Óleo e Gás Participações) é, cada vez mais, uma empresa com muitos credores e poucos investidores dispostos a comandá-la. Os candidatos naturais a assumir a direção da problemática petroleira de Eike Batista são os fundos que injetarão US$ 215 milhões, em troca de 65% das ações. Nesse grupo, o destaque é a americana Pimco. O problema é que nem ela dá sinais de que vá permanecer no quadro de acionistas por muito tempo. “Eles querem apenas recuperar o que investiram”, diz um dos negociadores.

 

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Colaboraram: Ana Paula Machado, Luiz Pacete, Keila Cândido, Marcio Juliboni, Ralhpe Manzoni Jr. e Rodrigo Caetano